Resumo peste negra(máximo trinta linhas
Soluções para a tarefa
O impacto da perda de tão grande quantidade de pessoas marcou a produção científica, cultural, religiosa e artística do período. Além do quadro de Pieter Brueghel, O Triunfo da Morte (acima), pode-se citar o trecho do livro Decameron, de Giovanni Boccaccio.
“Em Florença, apareciam no começo, tanto em homens como nas mulheres, ou na virilha ou na axila, algumas inchações. Algumas dessas cresciam como maçãs; outras, como um ovo; cresciam umas mais, outras menos, chamava-as o populacho de bubões.” Esses locais eram os mais apreciados pelas pulgas, o que indica ser aí que elas picavam. Contaminadas com a bactéria, as pessoas adquiriam feridas, os bubões, que deram origem ao outro nome da doença: peste bubônica.
Boccaccio diz ainda que a Peste passou a aparecer em outras partes do corpo, “em seguida o aspecto da doença passou a alterar-se; começou a colocar manchas de cor negra ou lívidas nos enfermos. Tais manchas estavam nos braços, nas coxas e em outros lugares do corpo”. As manchas negras levaram a população a denominar a doença de Peste Negra.
A moléstia chegou à Europa vinda possivelmente da Ásia Central, por volta de 1347, quando houve o primeiro surto. Nas rotas comerciais, além de mercadorias, ratos também eram transportados pelos mercadores. Era quase impossível evitar a presença desses animais. Com a bactéria chegando às cidades, a peste negra logo se disseminou. Ela era propagada também de pessoa a pessoa, em razão de ter se desenvolvido na forma pneumônica, sendo transmitida através da tosse ou no espirro.
A Peste Negra foi uma pandemia, isto é, a proliferação generalizada de uma doença causada pelo bacilo Yersinia pestis, que se deu na segunda metade do século XIV, na Europa. Essa peste integrou a série de acontecimentos que contribuíram para a Crise da Baixa Idade Média, como as revoltas camponesas, a Guerra dos Cem Anos e o declínio da cavalaria medieval.
A Peste Negra tem sua origem no continente asiático, precisamente na China. Sua chegada à Europa está relacionada às caravanas de comércio que vinham da Ásia através do Mar Mediterrâneo e aportavam nas cidades costeiras europeias, como Veneza e Gênova. Calcula-se que cerca de um terço da população europeia tenha sido dizimada por conta da peste.
A propagação da doença, inicialmente, deu-se por meio de ratos e, principalmente, pulgas infectados com o bacilo, que acabava sendo transmitido às pessoas quando essas eram picadas pelas pulgas – em cujo sistema digestivo a bactéria da peste se multiplicava. Num estágio mais avançado, a doença começou a se propagar por via aérea, através de espirros e gotículas. Contribuíam com a propagação da doença as precárias condições de higiene e habitação que as cidades e vilas medievais possuíam – o que oferecia condições para as infestações de ratazanas e pulgas.
Como ainda não havia um desenvolvimento satisfatório da ciência médica nesta época, não se sabia as causas da peste e tampouco os meios de tratá-la ou de sanear as cidades e vilas. A peste foi denominada “negra” por conta das afecções na pele da pessoa acometida por ela. Isto é, a doença provocava grandes manchas negras na pele, seguidas de inchaços em regiões de grande concentração de gânglios do sistema linfático, como a virilha e as axilas. Esses inchaços também eram conhecidos como “bubões”, por isso a Peste Negra também é conhecida como Peste Bubônica. A morte pela peste era dolorosa e terrível, além de rápida, pois variava de dois a cinco dias após a infecção