resumo o trabalho na sociedade feudal
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Feudalismo foi um modo de organização social, político e cultural baseado no regime de servidão, onde o trabalhador rural era o servo do grande proprietário de terras, o senhor feudal. O feudalismo predominou na Europa durante toda a Idade Média (entre os séculos V e XV).
O feudalismo era um sistema que imperava dentro do feudo, uma grande propriedade rural, que abrigava um castelo fortificado, as aldeias, as terras para cultivo, os pastos e os bosques. Era uma unidade de produção do sistema feudal, onde o servo plantava, colhia, fazia vinho, azeite, farinha, pão, criava gado, fabricava queijo, manteiga, caçava, pescava e trabalhava numa rudimentar indústria artesanal.
No feudo se produzia apenas o necessário para o consumo da comunidade, onde o trabalho servil envolvia uma série de obrigações, entre elas: os servos trabalhavam como rendeiros, pagando ao senhor com mercadorias ou prestações de serviços pelo uso da terra; cada família trabalhava gratuitamente durante alguns dias nas terras do senhor; cada servo pagava taxas pelo uso do moinho, do forno etc. Aos senhores feudais cabia a responsabilidade de formar exércitos particulares e construir castelos fortificados, onde dentro e em torno dos quais se desenvolvia a comunidade feudal, protegida por eles.
A sociedade feudal se caracterizava por ser uma sociedade estamental, ou seja, uma estrutura social fixa hierarquizada e que estava dividida em estamentos.
Os estamentos representavam os grupos sociais ou estados e, no caso do feudalismo, estava dividido em basicamente quatro instâncias:
Rei: acima de qualquer estamento estavam os reis, que detinham o maior poder expresso numa só figura. Eram aqueles que governavam e recebiam impostos dos outros grupos sociais.
Clero: representava a camada relacionada com o sagrado, ou seja, aqueles que rezavam e fortaleciam a religião católica (papas, bispos, cardeais, monges, abades e padres). Em suma, era a classe detentora do poder da Igreja (a mais poderosa instituição feudal) e aquela que sabia ler e escrever.
Nobreza: além dos nobres (que incluíam os senhores feudais, donos das terras e das riquezas), nessa categoria estavam incluídos os guerreiros, ou seja, aqueles que guerreavam.
Povo: englobam os vilões, camponeses e servos (escravos), ou seja, aqueles que trabalhavam nos feudos (produção de alimentos e construções) em troca de habitação, comida e proteção.
Sociedade Feudal
Representação da Pirâmide Social Feudal
Nesse sistema, a mobilidade social era quase inexistente, ou seja, o nascido pertenceria ao mesmo grupo até sua morte. Em resumo, a posição social era definida pelo nascimento: nasceu servo, viverá como servo durante toda sua vida.
Além disso, a sociedade feudal esteve marcada pela relação de suserania e vassalagem, ou seja, entre o suserano e o vassalo, marcada pelo compromisso de fidelidade entre nobres e que implicava direitos e obrigações recíprocas.
Nessa relação feudal, os suseranos, donos de terras, as doavam para os vassalos, que por sua vez, estavam encarregados de cuidar, proteger e administrar as terras recebidas.
Todo esse modelo estava pautado na vida nos feudos, grandes extensões de terras que possuíam uma organização econômica, política, social e cultural próprias. Vale destacar que os feudos foram a principal fonte de poder e riqueza no período do feudalismo.
No local, os senhores feudais representavam o poder máximo e absoluto, administrando e outorgando as leis, enquanto os servos trabalhavam nas terras.
A vida nos feudos era precária, sobretudo para os escravos que trabalhavam a vida toda nas terras dos senhores, não recebiam salários e apresentavam uma qualidade e expectativa de vida inferior em relação aos outros grupos