resumo Grande Preciso urgente
O que é a razão não alcança
Eduardo Marinho
Soluções para a tarefa
Eduardo Marinho foi uma pessoa criada em uma família abastada. Desde pequeno Eduardo questionava o por que de haver miséria e desigualdade ao seu redor, sempre estudou nas melhores escolas pagas e aprendia com profundidade todas as matérias. No decorrer da sua vida passou em concurso público e se tornou bancário, porém não satisfeito saiu do emprego, algo intuitivamente lhe dizia que isso não era o sentido para a sua vida. Fez concurso para se tornar militar de carreira, sendo aprovado, sua vida mudou bastante, aprendeu a passar fome e sede, aprendeu os limites físicos e psicológicos do seu corpo, criou uma espécie de resistência em sua jornada no militarismo. Porém ainda sim não sentia que aquilo era o seu propósito, pediu baixa e saiu. Comovida com a saída do Exército, sua família lhe pressionou e questionou o que ele iria fazer, ele cogitou fazer Artes, porém foi o maior escândalo e a sua família detestou a ideia. Sendo assim decidiu cursar Direito.
Certo dia teve um sonho onde ele estava em um lugar alto e deduziu que morreria instantaneamente, em sonho, ficou muito animado, pois conheceria o "outro lado", mas ele acordou deste sonho e disse para si mesmo: "Ai meu Deus, que é que eu estou fazendo vivo", pensou seriamente no assunto, sua vida estava tão sem sentido e angustiante que preferia a morte do que a vida, decidiu então tomar uma atitude. No mesmo dia dirigiu-se até a universidade e pediu desligamento do curso de Direito, pegou seus documentos e entregou à seu pai, dizendo lhe: "Vocês me deram todas as condições, me deram tudo do bom e do melhor, entrei para a universidade, porém não terminarei o curso, não é por falta de capacidade, é porque eu não quero. Quero procurar um sentido para a vida, quero passar pela experiência de não ter nada".
Seu pai furioso com a decisão de Eduardo, disse: "A partir do momento em você sair por aquela porta, não nos procure nunca mais, não existirá mais nada para você aqui".
Eduardo pensou seriamente, e decidiu que teria obrigação moral de arcar com a sua decisão e aceitar desfazer laços com a família.
Em sua nova jornada, Eduardo relata que a sua angústia desapareceu, sua vida começou a ter cor e sentido. Eduardo foi andarilho, andava em meio a mendigância e lugares de muita pobreza e foi assim que descobriu uma solidariedade, um acolhimento imenso, lugares onde a intuição e a compaixão pelo próximo é muito mais trabalhado do que em seu antigo meio de riqueza e facilidades.
Por mais de 30 anos em meio à pobreza e dificuldade, Eduardo percebeu que o estado sabota a classe mais pobre, as mãos pobres que fazem o país funcionar é sabotada, são induzidas a se sentirem inferiores, as mídias impõem valores, vontades e fazem uma verdadeira lavagem cerebral na população pobre que na verdade é a população mais importante, sem ela nada, absolutamente nada funcionaria neste país.
Segundo Eduardo o estado passa a agir como uma grande organização criminosa, ignorando quem mais precisa, e não garantindo direitos fundamentais básicos, como, uma boa alimentação, moradia, saúde e segurança. Direitos esses constitucionais. Como ele mesmo cita, basta olhar para delegacias que combatem crimes contra a vida e delegacias que combatem crimes contra o patrimônio, a diferença é muito perceptível, não devemos esperar nada de uma sociedade doente que despreza a vida e celebra a riqueza material, uma sociedade que em breve entrará em colapso.
Um grande sonho que Eduardo Marinho gostaria de ver é de que as periferias e pessoas que são tratadas com inferioridade não fossem trabalhar por um dia apenas, aí sim a sociedade tomaria ciência de quem verdadeiramente é importante.