Português, perguntado por thaianerodrigues689, 6 meses atrás

Resumo do poema fim de feira alguém saber por favor me ajudem

Soluções para a tarefa

Respondido por isamariazin
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Resposta:

FIM DE FEIRA

O lixo atapeta o chão

Um caminhão se balança

Quem vem de fora se lança

Em cima do caminhão

Um ébrio esmurra o balcão

No botequim da esquina

O gari faz a faxina

Um cego ensaca a sanfona

E um vendedor dobra a lona

Depois que a feira termina.

Miçanga, fruta, verdura,

Milho feijão e farinha,

Bode, suíno, galinha,

Miudeza, rapadura.

É esta a imagem pura

De uma feira nordestina

Que começa pequenina,

Dez horas não cabe o povo.

E só diminui de novo

Depois que a feira termina

Na matriz que nunca fecha

Muito apressado entra alguém

Mas sai vexado também

Se não o carro lhe deixa

O padre gordo se queixa

Do calor que lhe domina

E agita tanto a batina

Quem que vê fica com pena

Toca o sino pra novena

Depois que a feira termina.

A filhinha do mendigo

Sentada a seus pés, num beco,

Comendo um pão doce seco

Diz: papai, coma comigo.

E o velho pensa consigo

Meu deus, mudai sua sina

Pra que minha pequenina

Não sofra o que eu sofro agora

Ri a filha, o velho chora

Depois que a feira termina.

Um pedinte se levanta

Da beira de uma calçada

Chupando uma manga espada

Pra servir de almoço e janta

Um boi de carro se espanta

Se o motorista buzina

Um velho fecha a cantina

Um cachorro arrasta um osso

E o pobre “azavessa” o bolso

Depois que a feira termina

Um camponês se engana

Chega atrasado na feira

Não compra mais macaxeira,

Nem batata, nem banana

Empurra a cara na cana

Pra esquecer a ruína,

Arroz, feijão, margarina,

Açúcar, óleo, salada,

Regressa e não leva nada

Depois que a feira termina

No açougue da cidade

Das cinco e meia em diante

Não tem um pé de marchante

Mas mosca tem com vontade

Um faxineiro abre a grade

Tira uma mangueira fina

Rodo, pano, creolina,

Deixa tudo uma beleza

Mas só começa a limpeza

Depois que a feira termina

E o dono da miudeza

Já tendo fechado a mala

Escuta o rapaz que fala

Do outro lado da mesa:

- Meu senhor, por gentileza,

O senhor tem brilhantina?

Ele diz com voz ferina:

- Aqui na mala ainda tem

Mas eu não vendo a ninguém

Depois que a feira termina

Um jumento estropiado,

Magro que só a desgraça,

Quando vê que a feira passa

Vai pra frente do mercado

O endereço ao danado

Eu não sei quem diabo ensina

Eu só sei que baixa a crina

Entre as cinco e as cinco e meia

Lancha, almoça, janta e ceia

Depois que a feira termina.

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