RESUMO DO MUNDO BIPOLAR AO MUNDO MULTIPOLAR
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Resposta:
O termo “mundo bipolar” é usado para designar esse contexto, pois a ordem geopolítica global apontava para a disputa entre dois principais países, que almejavam colocar em evidência o seu domínio e sua hegemonia. Assim, com a crise do mundo autodeclarado “socialista” e o colapso dos soviéticos, o período conheceu o seu fim com a vitória da frente capitalista. O episódio considerado como um marco desse processo foi a queda do Muro de Berlim, em 1989, que dividia a Alemanha derrotada na Segunda Guerra entre os países capitalistas (EUA, França e Reino Unido) e a URSS.
O MUNDO MULTIPOLAR
Com o fim da União Soviética e a fragmentação do mundo socialista, o mundo considerado bipolar deixou de existir, fazendo com que os Estados Unidos passassem a exercer uma hegemonia política sem precedentes desde a emergência do sistema capitalista no mundo.
Ao mesmo tempo, outros países capitalistas também se consolidaram como os protagonistas do sistema-mundo, que abandonou o foco no poderio militar (embora tenha continuado importante) e ampliou o status do poderio econômico dos países. Assim, os países da União Europeia (principalmente Alemanha, França e Inglaterra), o Japão e, mais tarde, a China passaram a dividir com os norte-americanos o protagonismo geopolítico. Surgiu, assim, o mundo multipolar.
Todavia, essa perspectiva é um pouco questionável. Em primeiro lugar, observa-se que uma comparação entre esses países não os coloca lado a lado, mas, sim, com os Estados Unidos muito à frente dos demais em termos econômicos e também bélicos, embora os chineses venham apresentando acelerados níveis de crescimento. Em segundo lugar, nota-se também que esses países – exceto os chineses – apresentam certo alinhamento político, ao contrário do que ocorrera na ordem mundial anterior, marcada pela rivalidade e tensão permanente.
Por isso, outros termos são utilizados para designar a ordem mundial atual, como a unipolaridade ou, mais comumente, a unimultipolaridade, embora isso não seja alvo de consenso. Recentemente, a postura mais agressiva do governo da Rússia – principal herdeira do império soviético – diante dos EUA em algumas questões, como o conflito na Síria, a tensão entre as Coreias e a Crise na Ucrânia, vem criando expectativas sobre o retorno de uma nova Guerra Fria, haja vista que ambos os países são grandes detentores de armamentos nucleares ainda nos dias atuais.