resumo do livro um encontro arretado no céu do Sertão
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Resposta:
Cangaço e sobrenatural, mistura valorizada nesse livro, em narrativa de muita ação e empolgação na leitura. Gosto das duas temáticas, fortemente arraigadas no folclore nordestino, por isso a leitura ocorreu com avidez, favorecida pelo texto fluido e envolvente de Braga Júnior.
Explicação:
No contexto real, as histórias populares sobre o cangaço tem também um quê de sobrenaturais. Os cangaceiros são vistos demonizados, tendo parte com o tinhoso, ou então o demo está no contexto do sertão, de várias maneiras na sociedade injusta, sendo os cangaceiros reacionários a este mal presente (a visão romantizada de heroísmo que lhes atribuem).
No livro, Braga Júnior supervaloriza as duas coisas, com cangaceiros pra lá de possuídos e transformados pelo demo, e o contexto ultraviolento, com opressão, injustiças, autoritarismo e abusos (do jeito que o diabo gosta), espalhando terror e também instigando reações de que tenha fim.
O desenrolar está no confronto entre os maiores representantes desse terror, que são os cabras-demônios (Cabrunco, Terra Seca e Pé na Cova, prefigurações do mal) contra o tenente Marcus Alves (chefe de volante). Entre eles, histórias de violência na origem de seus objetivos, com resultados diferentes.
Esse é o caminhar, que deve ser lido basicamente deixando-se levar pelas ações. Se der muita atenção a criticidades, vais perceber que as coisas descambam para uma sucessão de eventos trash, que flertam com o nonsense, ingenuidade melosa, e coisas sem sentido, que se perdem nessa disposição de maneira um tanto ridícula (como na visita a Tião Urubu). É apenas uma descrição, o que não curti no livro....
Leia e se empolgue nos desdobramentos, só isso, não dando bola ao sobrenatural raso e mistérios bobos.