resumo do livro o infante de parma
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No início do século XVIII, o infante Filipe e sua mulher, Elisabetta, procuram imprimir uma política educacional esclarecida. Tentam diminuir o poder da religião e instituem um Estado onde as escolas públicas ganham um enorme espaço. As superstições perdem terreno e o Iluminismo passa a ser uma espécie de constituição a ser seguida.
Assim, os dois monarcas decidem educar seu filho Ferdinando dentro desses novos princípios, entregando seu destino a dois grandes eruditos. O problema é que o príncipe herdeiro revela-se muito religioso, carola mesmo. Sua mente vive no obscurantismo, carregando as superstições que definiram aquela época. O resultado é que, apesar do formalismo e da severidade, Ferdinando cresce com um pensamento muito próximo ao dos camponeses com quem convive.No dizer da psicanalista Elisabeth Roudinesco, que faz a apresentação da obra: “Persuadidos de que a educação faz o homem, os filósofos franceses irão se decepcionar. A “graça” decerto prevaleceu sobre a razão, como disse Voltaire, uma vez que permitiu a uma criança resistir à fina flor da intelligentzia esclarecida. Mas não foi forte o suficiente para apagar todos os vestígios de sua influência.” Esse breve relato nos põe em contato com uma época rica no estudo do comportamento humano. Escrito em linguagem despojada, mas extremamente culta, traça o painel de uma sociedade em transformação, colocando em choque verdades que pareciam eternas. O livro é repleto de curiosidades também no campo antropológico, por assim dizer. Um exemplo? O casamento de Ferdinando demorou mais de três meses para ser consumado: ele não gostava muito de tomar banho. Assim, ao logo das semanas, foi se formando uma crosta ao redor do prepúcio de seu pênis, provocando dores insuportáveis toda vez que ele tinha uma ereção. Parece que a fama dos franceses quanto a sua precária higiene não é infundada. E tem raízes históricas.