Resumo do livro mariana, menina loura das minas gerais
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O livro conta a história de Mariana, uma menina linda de cabelos cacheados, que ama brigadeiro, tem medo de fantasma e adora subir na laranjeira do quintal do vizinho. É uma criança que vive o restinho da infância em sua plenitude. Mora com a mãe Fátima, uma dona de casa compreensiva e amorosa e com o pai Etevaldo, caminhoneiro que sonha em dar uma melhor condição de vida para a família. Por isso quando ele recebe uma proposta para trabalhar em outra cidade, não pensa duas vezes e propõe a mudança para as duas. A princípio, Mariana não quer sair da cidade onde nasceu e perder a companhia dos colegas e do seu primo e melhor amigo Bartolomeu, mas acaba concordando com a promessa do pai de levá-la a uma viagem para conhecer o mar (um sonho bem mineiro).
Praticamente todo o livro é sobre o florescer da personagem Mariana. A adaptação na cidade nova, o dia a dia da família, surgimento de novas amizades e o amor por um coleguinha da escola, além dos planos para o futuro interrompidos no dia 5 de novembro de 2015. Achei bem interessante como a escritora mostra que naquele fatídico dia as pessoas viviam suas vidas calmamente, como estamos agora lendo essa resenha. Uns estavam na escola ou no asilo, outras assistindo TV no sofá de casa, na farmácia comprando vitaminas para a filha ou simplesmente jogando conversa fora na pracinha da cidade, quando foram terrivelmente atingidas pelo mar de lama da barragem de rejeitos de mineração da mineradora Samarco. A família de Mariana de repente, assim como tantas outras, viu sua casa, sua história, seus sonhos e suas lembranças desaparecem quando a lama da mineradora atravessou o seu caminho. Lembrando que trata-se do maior desastre ambiental do Brasil. Cerca de 62 milhões de metros cúbicos de lama de rejeito de minério vazou de uma barragem de mineração e riscou do mapa o distrito de Bento Rodrigues. Matou 19 pessoas, entre funcionários da mineradora e moradores do distrito de Bento Rodrigues. Até hoje o corpo de uma das vítimas não foi achado e o bebê que uma moradora da cidade esperava não entrou na contabilização das mortes.
Com parágrafos e capítulos curtos, uma linguagem simples e popular, Ana Rapha construiu o enredo de “Mariana”. O livro tem 112 páginas, é bem escrito, e apesar de não aprofundar muito na história e na tragédia (daqueles adultos esperam livrões), consegue passar a mensagem de perseverança e coragem para enfrentar o inesperado que espreita nossas vidas a todo o momento. É um livro voltado para o público infanto-juvenil, desses que a gente lê em uma tarde, mas fica refletindo por dias.