Português, perguntado por Aleksjan9004, 1 ano atrás

resumo do livro dom casmurro? alguém sabe? por favor ;)

Soluções para a tarefa

Respondido por anacosta476
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O romance inicia-se numa situação posterior a todos os seus acontecimentos. Bento Santiago, já um homem de idade, conta ao leitor como recebeu a alcunha de Dom Casmurro. A expressão fora inventada por um jovem poeta, que tentara ler para ele no trem alguns de seus versos. Como Bento cochilara durante a leitura, o rapaz ficou chateado e começou a chamá-lo daquela forma.


O leitor é apresentado à infância de Bentinho, quando ele vivia com a família num casarão da rua de Matacavalos.

O primeiro fato relevante narrado é também seu primeiro motivo de preocupação. Bentinho escuta uma conversa entre José Dias e dona Glória: ela pretende mandá-lo ao seminário no cumprimento de uma promessa feita pouco antes de seu nascimento. A mãe, que já havia perdido um filho, prometera que, se o segundo filho nascesse "varão", ela faria dele padre. Na conversa, dona Glória soubera da amizade estreita entre o menino e a filha de Pádua, Capitolina.

Bentinho fica furioso com José Dias, que o denunciara, e expõe a situação a Capitu. A menina ouve tudo com atenção e começa a arquitetar uma maneira de Bentinho escapar do seminário, mas todos os seus planos fracassam. O garoto segue para o seminário, mas, antes de partir, sela, com um beijo em Capitu, a promessa de que se casaria com ela.

No seminário, Bentinho conhece Ezequiel de Souza Escobar, que se torna seu melhor amigo. Em uma visita a sua família, Bentinho leva Escobar e Capitu o conhece.

Enquanto Bentinho estuda para se tornar padre, Capitu estreita relações com dona Glória, que passa a ver com bons olhos a relação do filho com a garota. Dona Glória ainda não sabe, contudo, como resolver o problema da promessa e pensa em consultar o papa. Escobar é quem encontra a solução: a mãe, em desespero, prometera a Deus um sacerdote que não precisava, necessariamente, ser Bentinho. Por isso, no lugar dele, um escravo é enviado ao seminário e ordena-se padre.

Bentinho vai estudar direito no Largo de São Francisco, em São Paulo. Quando conclui os estudos, torna-se o doutor Bento de Albuquerque Santiago. Ocorre então o casamento tão esperado entre Bento e Capitu. Escobar, por seu lado, casara-se com Sancha, uma antiga amiga de colégio de Capitu. Capitu e Bentinho formam um "duo afinadíssimo".

Essa felicidade, entretanto, começa a ser ameaçada com a demora do casal em ter um filho. Escobar e Sancha não encontram a mesma dificuldade: têm uma bela menina, a quem colocam o nome de Capitolina.

Depois de alguns anos, Capitu finalmente tem um filho, e o casal pode retribuir a homenagem que Escobar e Sancha lhe haviam prestado: o filho é batizado com o nome de Ezequiel.

Os casais passam a conviver intensamente. Bento vê uma semelhança terrível entre o pequeno Ezequiel e seu amigo Escobar, que, numa de suas aventuras na praia – o personagem era excelente nadador -, morre afogado.

Bento enxerga no filho a figura do amigo falecido e fica convencido de que fora traído pela mulher. Resolve suicidar-se bebendo uma xícara de café envenenado. Quando Ezequiel entra em seu escritório, decide matar a criança, mas desiste no último momento. Diz ao garoto, então, que não é seu pai. Capitu escuta tudo e lamenta-se pelo ciúme de Bentinho, que, segundo ela, fora despertado pela casualidade da semelhança.

Após inúmeras discussões, o casal decide separar-se. Arruma-se uma viagem para a Europa com o intuito de encobrir a nova situação, que levantaria muita polêmica. O protagonista retorna sozinho ao Brasil e se torna, pouco a pouco, o amargo Dom Casmurro. Capitu morre no exterior e Ezequiel tenta reatar relações com ele, mas a semelhança extrema com Escobar faz com que Bento Santiago o rejeite novamente. O destino de Ezequiel é infeliz: ele morre de febre tifóide durante uma pesquisa arqueológica em Jerusalém.

Triste e nostálgico, o narrador constrói uma casa que imita sua casa de infância, na rua de Matacavalos. O próprio livro é também uma tentativa de recuperar o sentido de sua vida. No fim, o narrador parece menosprezar um pouco a própria criação. Convence-se de que o melhor a fazer agora é escrever outra obra sobre "a história dos subúrbios".

Lista de personagens
Bentinho (Bento Santiago): o narrador-personagem que conta suas memórias, membro da elite carioca do século XIX.

Capitu (Capitolina): grande amor de Bentinho, personagem de origem pobre, mas independente e avançada.

Escobar: o melhor amigo de Bentinho, a quem conheceu quando estudaram juntos no seminário.

Dona Sancha: mulher de Escobar, ex-colega de colégio de Capitu.

Dona Glória: mãe de Bentinho, adora o filho e é também muito religiosa. Quer que o garoto se ordene padre como cumprimento de uma promessa que fez.

José Dias: agregado que vive de favores na casa de dona Glória. Suposto médico, tem o hábito de agradar aos proprietários da casa com o uso de superlativos.

Tio Cosme: irmão de dona Glória, viúvo e advogado.

Ezequiel: filho de Capitu, sobre o qual o narrador sustenta forte dúvida quanto à paternidade, pois o garoto tinha grande semelhança física com Escobar.
Respondido por KetulyBeatriz
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Resposta:

Vou resumir o livro focando somente na parte que interessa nesse post mas, já adianto que a história é bastante elaborada e a trama deixa todo leitor bem pensativo. A mãe de Bentinho, Dona Glória, prometera tornar padre seu filho se fosse nascido homem, isso porque havia perdido um filho antes. Betinho, no entanto, chegando a idade de seminarista estava se aproximando de Capitu, sua vizinha, era um início de romance e o casal tentou em vão evitar a ida do rapaz para o seminário. Enquanto Bentinho estava no seminário, Capitu se aproximou de Dona Glória, que passou então a gostar da moça. No desenrolar da história, a mãe acaba permitindo que Bentinho abandone o seminário e fique com Capitu, eles finalmente se casam. Acontece que Bentinho tinha um grande amigo do seminário, Escobar que estreita laços com todos, inclusive com Capitu. Bento começa a desconfiar que Capitu o havia traído com Escobar, após o nascimento de seu filho, que fora batizado de Ezequiel (em homenagem ao amigo, que na verdade se chamava Ezequiel de Souza Escobar), que na visão do narrador se assemelha bastante a Escobar. Então a história passa a retratar a angústia de Bento diante da possibilidade de traição. Acredito que a obra tenha ficado tão famosa justamente pela ausência de uma conclusão, não há um veredito, Machado de Assis não deu a causa a ninguém, você termina a leitura e pode decidir livremente se acredita que Capitu tenha traído Bento ou não. Eu particularmente fiquei agoniada por não saber o que realmente aconteceu e confesso que minha opinião varia de acordo com meu estado emocional. Vim falar desse livro porque estive pensando sobre o que geralmente nos acontece na vida real. Todas as coisas que vivemos, nós encaramos de acordo com nossa perspectiva, experienciamos a vida pela nossa visão, percebemos as situações com nossos sentimentos. Em uma das suas entrevistas Adélia Prado diz:”É com essa lente limitada, finita que eu vou experimentando o mundo.” Toda a história do livro Dom Casmurro é mostrada na perspectiva de Bento Santiago e é claro, totalmente embriagada por seus sentimentos. A visão de Capitu, de Escobar ou de um outro alguém imparcial à situação não nos é mostrada. Assim o é muitas vezes na nossa vida, ou temos somente nossa visão de algo que tenha acontecido com nós ou ouvimos de alguém a sua versão dos fatos e corremos o risco de não compreender o outro. É realmente muito complexa a capacidade de se colocar no lugar do outro mas, sabemos o quão bom é quando somos compreendidos e respeitados. Necessitamos praticar a empatia, compaixão e a compreensão. Será mesmo que estamos sendo justos?

Explicação:

espero ter ajudado bons estudos

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