Resumo do livro de Alexis tocqueville, O ANTIGO REGIME E A REVOLUÇAO
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“O Antigo Regime e a Revolução” é uma tentativa de explicar sociologicamente os acontecimentos históricos. Tocqueville percebe os limites da explicação sociológica; acredita que os grandes acontecimentos são explicados por grandes causas, mas que os detalhes dos acontecimentos não podem ser deduzidos dos dados estruturais. Ele quer compreender por que razão a França encontra tantas dificuldades em ser uma sociedade politicamente livre, embora pareça democrática. Tocqueville afirma que as instituições do Antigo Regime ficaram em ruínas quando a tempestade revolucionária as arrastou. Acrescenta que a crise revolucionária teve características específicas porque se desenvolveu à maneira de uma revolução religiosa. Esta coincidência de uma crise política com uma espécie de revolução religiosa é uma das características das grandes revoluções das sociedades modernas. Aos olhos de um sociólogo da escola de Tocqueville, toda revolução política (como a Revolução Russa de 1917) assume certas características de revolução religiosa quando pretende ser universalmente válida e se considera o caminho da salvação para toda a humanidade. Para esclarecer seu método, Tocqueville acrescenta: “Falo de classes; só elas devem ocupar a história”. As classes cujo papel decisivo é evocado por Tocqueville são: a nobreza, a burguesia, os camponeses e, secundariamente, os operários. Tocqueville não apresenta uma teoria abstrata das classes, mas toma os principais grupos sociais da França e do Antigo Regime, no momento da Revolução, para explicar os acontecimentos. Para salvaguardar a liberdade numa sociedade democrática, é preciso que os homens tenham o sentido e o gosto da liberdade. Tocqueville teria preferido não que o movimento democrático fosse derrotado pelas instituições da antiga França, mas que estas instituições fossem conservadas na medida do possível, sob a forma da monarquia, sob a forma também do espírito aristocrático, a fim de que dessem uma contribuição para a salvaguarda das liberdades numa sociedade dedicada à procura do bem-estar e condenada à revolução social.