resumo do livro a troca e a tarefa lygia bojunga (minimo15 linhas)
Soluções para a tarefa
Resposta:Eu u tinha me sentido assim feliz; fiquei pensando que era por causa do Omar (nem pensei que podia ser por causa da poesia). E quando eu vi as férias já tinham acabado. De tanto que o tempo passou depressa comigo lá, esperando o Omar chegar, parar na porta, procurar a chave; entrar. E no dia seguinte, esperar de novo o Omar chegar. Pra namorar ele mais um pouco só de olhar.
No dia em que as férias acabar em, na hora do Omar pegar a chave pra entrar, ele se virou e olhou pra janela. E ficou muito, muito tempo olhando. Mas não era pra minha janela: era pra moutra: a da sala: onde estava minha irmã. Lá no colégio eu não tinha mais tempo pra nada, nem pra estudar, nem pra fazer o dever, eu não tinha mais tempo pra ver o Ciúme, de tanto que eu passava o meu tempo pensando só no Omar. Mas não era bom pensar no Omar, como eu gostava de pensar, que eu nunca pensei nele como eu não queria pensar, quer dizer, olhando pra outra janela. Um dia chegou uma carta da minha mãe dizendo assim: "... da mesma maneira que eu dei uma festa pra festejar os 15 anos da tua irmã, quero comemorar os teus 15 anos. Mas desta vez, a festa vai ser dupla: a tua irmã ficou noiva, e então quero festejar junto duas grandes datas. Já avisei à diretora que você vai sair no sábado de manhã." Lá na praia tinha pouca estrela, barulho manso de onda e a lua era quarto minguante. Já ia entrando no mar. Mas senti medo. Dei pra trás. Me deitei na areia, e fiquei lá tanto tempo que acabei dormindo. Sonhei um sonho que mudou minha vida. Era um sonho muito bonito, todo acontecido em azul; tinha azul pra qualquer gosto, do mais fraquinho ao mais forte. Eu estava lá mesmo, deitada na praia. E era de madrugada. Na minha frente tinha uma parede tapando o mar. Vi duas janelas na parede. Me levantei pra ir olhar. Numa estava escrito A TROCA; na outra A TAREFA. Uma estava fechada; espiei pelo vidro fosco, mas não enxerguei nada do outro lado. Bati no vidro, bati, bati com força. Mas só ouvi o barulho do mar. Fui pra outra janela. Também fechada. E o vidro também: não me deixando ver o outro lado. Bati. –– Que é? Até que me espantei de ouvir a voz perguntando.uco os convidados já estão chegando." A mesa na sala de jantar estava de toalha bordada (a toalha que a minha vó tinha bordado pro casamento da minha mãe), e quanto doce, quanta coisa gostosa, e que lindo que era o bolo com as velas que eu ia soprar.
Eu andava devagar pela casa, olhando pra tudo em volta, mas só pensando uma coisa: é o Omar? É ele? É com ele que ela vai se casar? Mas em vez de perguntar eu não perguntava. Só pra continuar esperando que o noivo que ia chegar fosse outro, qualquer outro! Mas não o Omar. Foi chegando gente. Família. Amigo. Presente. E a sala já estava cheia quando o Omar chegou.
Eu e minha irmã vimos ele entrando na mesma hora. Ela correu. Eu me escondi. Pra ninguém ver o que eu estava vendo: o jeito que eles se olhavam, se davam a mão, se abraçavam, o jeito igualzinho que eu tinha pensado tantas vezes que ele ia me abraçar. Nem precisava olhar pra ver: era o Ciúme que estava outra vez do meu lado, me dizendo no ouvido, não vou mais te largar.
Que vontade de chorar. Peguei a vontade e a virei ela num soprão: apaguei as 15 velas de uma vez. Tocaram música. O Omar me pegou para dançar. Falando comigo feito eu fosse criança. Que vontade de gritar. A minha irmã estava tão feliz que nunca ela tinha sido assim tão bonita; e ainda por cima, era ela que tinha feito
o bolo dos meus 15 anos e que delícia! todo o mundo dizia na hora de provar. Ah. Que vontade de morrer. Já tinha ficado de noite, a festa estava animada, todo mundo dançando, até meu pai tão sério sempre. Corri pro quarto. Me tranquei. Queria matar a vontade de chorar, de gritar, de morrer. Nem acendi a luz. E nem deu tempo de
correr pra cama: o choro saiu ali mesmo, de cara encostada na porta; o grito saiu lá mesmo, e a música abafou; pulei a janela e corri pro mar.
Lá na praia tinha pouca estrela, barulho manso de onda e a lua era quarto minguante. Já ia entrando no mar. Mas senti medo. Dei pra trás. Me deitei na areia, e fiquei lá tanto tempo que acabei dormindo. Sonhei um sonho que mudou minha vida. Era um sonho muito bonito, todo acontecido em azul; tinha azul pra qualquer gosto, do mais fraquinho ao mais forte. Eu estava lá mesmo, deitada na praia. E era de madrugada. Na minha frente tinha uma parede tapando o mar. Vi duas janelas na parede. Me levantei pra ir olhar. Numa estava escrito A TROCA; na outra A TAREFA. Uma estava fechada; espiei pelo vidro fosco, mas não enxerguei nada do outro lado. Bati no vidro, bati, bati com força. Mas só ouvi o barulho do mar. Fui pra outra janela. Também fechada. E o vidro também: não me deixando ver o outro lado. Bati. –– Que é? Até que me espantei de ouvir a voz perguntando.
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Explicação: partes mais importantes do conto de Lygia Bojunga