resumo do filme seremos historia 2018
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Resposta: Vivemos em um mundo cada vez mais polarizado, dividido por diversas crenças antagônicas e que servem apenas para semear o caos em meio a tantas causas importantes e urgentes que viemos enfrentando nos últimos tempos. Uma dessas polarizações diz respeito às mudanças climáticas, o mundo se divide entre os que acreditam e os que continuam gritando aos quatro cantos que isso não passa de uma fraude. Por que será?
O documentário Seremos História? (Before de Flood, no título original) traz essa busca por respostas. O ator Leonardo di Caprio, nomeado mensageiro da paz pela ONU, narra suas descobertas ao longo de dois anos viajando para diferentes partes do planeta, conhecendo as causas, evidências e as consequências das mudanças climáticas, bem como discutindo soluções para combatê-las. Ao longo do filme, Di Caprio entrevista vários líderes como Barack Obama, Bill Clinton, Al Gore, Ban Ki-moon, Elon Musk, e até mesmo o Papa Francisco. Todos são enfáticos quanto à realidade do problema.
O documentário também é claro ao mostrar porque há quem negue tanto que isso esteja de fato acontecendo...
Primeiro, as causas.
Para iniciar o debate sobre mudanças climáticas, precisamos reconhecer que nossa economia é baseada em combustíveis fósseis. O petróleo é o que move nossos sistemas de transporte, enquanto o carvão e o gás natural são nossas principais fontes de eletricidade. São formas baratas e altamente energéticas, mas com um alto impacto nos nossos ecossistemas, lançando todos os anos toneladas de gases de efeito estufa na atmosfera. Não existe combustível fóssil ecológico e toda essa economia de custos tem consequências.
A China e a Índia ocupam, respectivamente, o 1º e o 3º lugares no ranking dos maiores emissores de gases de efeito estufa do planeta. A China passou por um forte processo de industrialização nos últimos anos, abastecida pela indústria de carvão. Apenas nos arredores de Pequim o consumo desse combustível equivale a todo o carvão consumido nos Estados Unidos. Na Índia o problema parece ser ainda maior. Além de ser altamente dependente de suas minas de carvão, o país sofre com a escassez energética, 300 milhões de pessoas, ou 30% das residências do país, ainda não tem acesso à eletricidade. Como iniciar a transição para uma matriz energética mais sustentável se tantos indianos não tem energia em suas casas?
Da Índia vem também mais uma provocação. Outra causa das mudanças climáticas é o estilo de vida e consumo das famílias, que vem levando à exaustão os recursos do nosso planeta. O consumo energético médio de um americano é 1,5 vezes o consumo de um francês, 2,2 vezes o consumo de um japonês, 10 vezes o consumo de um chinês, 34 vezes o consumo de um indiano e 61 vezes o consumo de um nigeriano. Para haver justiça climática, é preciso colocar o estilo de vida e consumo dos povos desenvolvidos no centro das negociações climáticas. Não basta mudar a matriz energética, é também necessário reduzir a demanda.
Também não podemos deixar de falar nos dois grandes estabilizadores do nosso clima: os oceanos e as florestas. Os oceanos absorvem cerca de 1/3 das nossas emissões, comportando-se como uma grande esponja. O problema é que isso vem causando diversos impactos aos ecossistemas marinhos, sobretudo nos corais que vêm desaparecendo em uma escala sem precedentes. Cerca de 50% dos corais foram perdidos nos últimos 30 anos. Estima-se que 1 bilhão de pessoas dependem dos ecossistemas marinhos para suprir suas necessidades diárias de proteína. Como será daqui a 30 anos?
E o que falar de nossas florestas. Ainda temos três grandes fragmentos de florestas tropicais: a Amazônia, as florestas do Congo e as florestas do sudeste asiático. As florestas são grandes reservatórios de carbono que ao longo do tempo vai sendo estocado nas folhas, raízes e troncos das árvores por meio do processo de fotossíntese. Aí vem as queimadas e esse grande reservatório de carbono vira uma bomba, liberando toneladas de gases de efeito estufa para a atmosfera. É o que vem acontecendo diariamente em nossas florestas tropicais. Na Indonésia o fogo é utilizado para dar espaço à produção de óleo de palma, commodity barata, utilizada na preparação de alimentos e cosméticos e que se traduz em lucro para as empresas. Toda essa destruição tem o apoio dos líderes do país, um dos mais corruptos do mundo, subornados pelas grandes empresas. Nada muito diferente do que acontece com a nossa Amazônia para dar espaço à expansão da agropecuária...
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