Resumo do capitulo 11 do livro Um fio de prosa
Soluções para a tarefa
Tão depressa vi desaparecer o agregado no corredor, deixei o esconderijo, e corri à varanda do fundo.
Tendo-lhe nascido morto o primeiro filho, minha mãe pegou-se com Deus para que o segundo vingasse, prometendo, se fosse varão, metê-lo na Igreja.
Unicamente, para que nos separássemos o mais tarde possível, fez- me aprender em casa primeiras letras, latim e doutrina, por aquele Padre Cabral, velho amigo do tio Cosme, que ia lá jogar às noites.
Quando íamos à missa, dizia-me sempre que era para aprender a ser padre, e que reparasse no padre, não tirasse os olhos do padre.
Em casa, brincava de missa, — um tanto às escondidas, porque minha mãe dizia que missa não era coisa de brincadeira.
No tempo em que brincávamos assim, era muito comum ouvir à minha vizinha: “Hoje há missa?” Eu já sabia o que isto queria dizer, respondia afirmativamente, e ia pedir hóstia por outro nome.
Isto, que eu devia dizer três vezes, penso que só dizia uma, tal era a gulodice do padre e do sacristão.
Minha mãe ficava muita vez a olhar para mim, como alma perdida, ou pegava-me na mão, a pretexto de nada, para apertá-la muito.