Filosofia, perguntado por Naruska, 1 ano atrás

Resumo da Filosofia Moderna?

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Respondido por kelly752
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Chamamos de filosofia moderna toda a filosofia que foi desenvolvida durante os séculos XV até o século XIX, começando na época do Renascimento. Esta chamada filosofia moderna se divide em quatro partes, a saber: Filosofia de Renascimento, Filosofia do século XVII, Filosofia do século XVIII e Filosofia do século XIX.

Na Filosofia do Renascimento encontramos a renovação da civilização clássica, bem como o seu aprendizado, caracterizando-se como o período das Reformas religiosas até o início da Idade Moderna.

A Filosofia do século XVII é conhecida como idade da razão e considerada como uma visão prévia do princípio da filosofia moderna. Na Filosofia do século XVIII aconteceu em alguns países americanos e na Europa e se referia ao movimento intelectual do Iluminismo, defendendo com a base primária da autoridade, a razão. Na Filosofia do século XIX, surgiu um novo efeito, uma nova revolução, que veio para exercer um novo efeito dramático.

Respondido por kaaharmyookbantan
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Resposta:

A Filosofia Moderna caracteriza-se, principalmente, por uma guinada ao Humanismo, iniciada no Renascentismo, e pela valorização incondicional à razão trazida à luz pelo ceticismo e pela descoberta de que o ser humano independe de instâncias racionais metafísicas, como Deus, para descobrir o seu intelecto. Enquanto os antigos perguntavam-se, por exemplo, “o que era a verdade e o conhecimento?”, os modernos passaram a se perguntar “como é possível o conhecimento verdadeiro?”.

É corrente nos estudos historiográficos sobre a Filosofia separar a Filosofia Renascentista e o Iluminismo da Filosofia Moderna. Porém, podemos conceber a ideia de que a Filosofia Moderna, mesmo sendo um período intermediário entre os ideais do Renascimento e do Iluminismo, não se destacou inteiramente dos dois, pois ela nasceu em um e concebeu o outro. Para entender a Modernidade, é preciso, então, olhar para o que aconteceu antes e depois dela.

Características da Filosofia Moderna

Estão entre as principais características da Filosofia Moderna o ceticismo em relação às crenças antigas e às crenças costumeiras, a valorização da razão, a tentativa de estabelecer os limites do conhecimento humano e do modo como podemos conhecer o mundo verdadeiramente e a valorização de uma vida política que entende a existência de um elo entre política e conhecimento. Nesse período, destacam-se pensadores como Galileu Galilei, Isaac Newton, René Descartes, David Hume, Francis Bacon, John Locke, Thomas Hobbes, Baruch de Spinoza, entre outros.

Podemos elencar como duas grandes correntes epistemológicas da modernidade o racionalismo e o empirismo, além de destacar, como figura principal da teoria política moderna, o contratualismo, que influenciou fortemente o pensamento iluminista e teorias políticas posteriores, como o socialismo e o liberalismo.

Outra característica que não pode ficar de lado para o entendimento da Filosofia desenvolvida na Modernidade é o cientificismo, fruto das novas ideias trazidas, principalmente, por Galileu e por Newton, que atestam o valor do método científico e da necessidade de uma análise rigorosa da natureza para entendê-la e dominá-la.

Contexto histórico da Filosofia Moderna

No Renascimento, o ser humano via-se diante de um novo paradigma, pois o teocentrismo medieval já não era suficientemente forte para encobrir a valorização da potência humana, havendo um resgate do humanismo antigo. Diante disso, houve um resgate também dos valores estéticos, morais e do conhecimento, tudo de origem da Grécia Antiga, dados pela redescoberta das obras filosóficas de Platão que ficaram desconhecidas durante o Medievo, como O Banquete e Fédon.

Houve também o engendramento de novas teorias políticas originadas por pensadores florentinos, como Nicolau Maquiavel, que resgataram os ideais políticos romanos clássicos, defendendo a necessidade de uma vida política ativa e a liberdade das cidades italianas contra o domínio do império Romano-Germânico.

Todos esses elementos renascentistas causaram uma efervescência cultural e política no Renascimento que junto à valorização dos ideais filosóficos da Antiguidade impulsionaram o pensamento científico que daria luz à Modernidade. Temos, na transição do Renascimento para a Modernidade, a criação da prensa de tipos móveis, máquina criada por Johannes Gutemberg, que possibilitou a impressão de livros e a criação da imprensa; as descobertas de Nicolau Copérnico e Johannes Keppler; e as descobertas de Galileu Galilei para a Física Moderna e a defesa do heliocentrismo.

Em termos econômicos e políticos, temos a formação dos Estados Nacionais europeus, o desenvolvimento do capitalismo em sua primeira forma, a mercantilista, e o desenvolvimento naval possibilitado pelas Grandes Navegações. A expansão náutica resultou no desbravamento dos mares e de novos territórios, colocando em xeque todo um imaginário europeu medieval que acreditava em monstros marinhos e na finitude do oceano dada à crença de que o planeta Terra era formado por um grande terreno plano.

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