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O Império Romano, que foi construído após o fim da República, correspondeu ao período de maior esplendor da Civilização Romana, com grandes obras de urbanização e embelezamento das cidades, além de um grande incentivo à produção cultural e artística.
Vamos conhecer as principais características do Império romano?
Império (27 a.C. – 476 d.C.)
As lutas existentes no Segundo Triunvirato, durante a República, centralizaram o poder em Otávio. Vitorioso, ele tornou-se imperador de Roma, recebendo o título de Augusto, que significa divino. Com isso, os imperadores romanos passaram a ser cultuados como deuses. As principais dinastias do Império Romano foram a Júlio-Claudiana (14-68), a dos Flávios (69-96), a dos Antoninos (96-192) e a dos Severos (192-235).
Entre 235 e 476, vários imperadores alternaram-se no poder, tendo destaque Diocleciano, Constantino, Juliano e Teodósio. Constantino deu liberdade de culto aos cristãos em 313, buscando o apoio da grande parcela da população que havia aderido à nova religião. Ele também mandou construir a cidade de Constantinopla, onde antes havia a aldeia de colonização grega Bizâncio, transferindo para lá a capital do Império.
Durante o Império, a Civilização Romana conheceu seu apogeu político e cultural. O fim das guerras de expansão, situação conhecida como Pax Romana, levou à maior extensão territorial que os romanos conseguiram. Essa situação também proporcionou o investimento nas artes, na literatura, na filosofia, na arquitetura e no Direito. Construíram cidades, estradas, aquedutos e outra série de edificações.
Mas a Pax Romana criou problemas, já que a falta de mão de obra escrava aumentou com o fim das guerras de expansão. A produção de alimentos diminuiu, aumentando os preços e obrigando os governantes a aumentarem os impostos.
Foi também durante o Império que o cristianismo se fortaleceu e passou a ser um perigo para a ordem social romana, já que os cristãos se recusavam a cultuar as divindades romanas. A liberdade de culto instituída por Constantino era uma concessão aos cristãos.
Outro problema enfrentado pelos romanos foram as invasões dos povos bárbaros que habitavam as regiões fronteiriças do Império. Essas invasões iniciaram-se com os germanos no século III d.C., levando à posterior crise que ocasionaria o fim do Império.
Em 395, o imperador Teodósio decidiu dividir o Império em dois: O Império Romano do Ocidente, com a capital em Roma, e o Império Romano do Oriente, com capital em Constantinopla. O objetivo era facilitar a defesa contra a pressão das invasões bárbaras.
Mas no início do século V, as invasões intensificaram-se. Primeiro com os visigodos, que romperam as defesas militares nas fronteiras, saquearam Roma e fixaram-se posteriormente na Península Ibérica. A partir daí vários outros povos invadiram o Império, como os ostrogodos, os vândalos, burgúndios, suevos e hunos.
O Império Romano do Ocidente iria ruir completamente em 476, quando Odoacro, rei dos hérulos, depôs Rômulo Augústulo, o último imperador romano do ocidente. Porém, o Império Romano do Oriente iria existir por mais mil anos ainda, mantendo o legado romano até o ano 1453, quando os turco-otomanos invadiram Constantinopla.