RESISTÊNCIA DOS POVOS À PARTILHA DO MUNDO2?
"A China conheceu disputas dinásticas que enfraqueceram a dinastia Qing, oriunda da Manchúria, já deteriorada pela
pressão e ação colonialista das potências capitalistas, Austria
, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Itália Japão, Rússia e Estados
Unidos disputavam territórios e acordos comerciais exclusivos com a China. Várias cidades comerciais e portuárias foram
tomadas, na prática, por essas potências, que definiam areas exclusivas, nas quais estabeleciam seus comerciantes, diplomatas e
missões religiosas e onde os chineses tinham de pedir autorização para entrar. Em fins do século, como parte da Intensificação da
expansão imperialista, as potências estrangeiras acirraram ainda mais os abusos contra a China. Como reação a isto, emerge entre
setores da sociedade chinesa uma nova consciência de suas relações com os estrangeiros, sejam eles ocidentais ou manchus. O
levante da Sociedade dos Punhos da Justiça e da Equidade (conhecida pelos ocidentais como a Revolta dos Boxers), de 1900,
é um dos exemplos desse novo protonacionalismo chinês.
A Imperatriz Tzu-Hsi (1835-1908), após um retiro na Cidade Proibida, retornou ao poder e passou a influenciar, por
intermédio dos seus ministros, e a apoiar a organização secreta l-ho ch'uan ("Punhos da Justiça e da Equidade") que pretendia
expulsar os estrangeiros da China e que, em principio, também queria derrubar a dinastia Qing. Os seus membros, como referido,
eram chamados de boxers pelos ocidentals, pois utilizavam técnicas das artes marciais chinesas posteriormente conhecidas no
Ocidente como kung-fu. Alguns desses guerreiros acreditavam que eram invulneráveis as armas e as balas dos soldados
ocidentals, pois estariam protegidos por um poder espiritual. Usavam espadas chinesas tradicionais e vestiam turbantes e faixas
vermelhas sobre camisas azuis e carregavam estandartes de tecido vermelho e branco. [...]
Cerca de 70% dos boxers eram camponeses Jovens, do sexo masculino, mas havia também artesãos, ex-soldados,
contrabandistas de sal e homens de diversas ocupações. Havia alnda batalhões femininos entre os boxers, sendo o mais
importante deles o das Lanternas Vermelhas Cintilantes, formado por meninas entre 12 e 18 anos de idade. [..]
Em maio de 1900, milhares de boxers tomaram várias regiões rurais do norte da China, recrutando lavradores e outros
trabalhadores insatisfeitos, atacando missões religiosas cristãs, massacrando missionários estrangeiros e cristãos chineses, estes
últimos sendo especialmente odiados. Mais tarde, dirigiram-se as cidades, conseguindo no caminho mais seguidores. Em junho de
1900, explodiram revoltas boxers nas cidades, como Beljing (Pequim), quando rebeldes atacaram missões religiosas e
diplomáticas ocidentais, atemorizando os estrangeiros.
Uma força militar internacional, formada por europeus e americanos, ajudou na evacuação de seus concidadãos e na
retomada das áreas conquistadas pelos revoltosos. A imperatriz enviou tropas para barrar o caminho desse corpo expedicionário,
obrigando-o a tomar fortalezas costeiras para facilitar o acesso à capital
. Em seguida, Tzu-Hsi ordenou a morte de todos os
ocidentais e os boxers Iniciaram um ataque, que duraria olto semanas, às fortificadas áreas residenciais dos estrangeiros em
Beijing
Nova força militar internacional foi então enviada a Beijing, composta de 19 mil soldados. Capturou a cidade em 14 de
agosto, expulsando os boxers e pondo fim à rebelläo que deixou um saldo de 250 estrangeiros mortos. A imperatriz e sua corte
fugiram para o norte e um ano depois foi assinado um tratado, a Paz de Beijing, que impôs humilhantes cláusulas aos chineses.
Também conhecido como Protocolo dos Boxers, o documento de 1901 previa, além da punição dos culpados e da tradicional
construção de um monumento comemorativo em honra de uma autoridade europeia morta nos conflitos, a proibição de importar
armas e munições durante dois anos, o pagamento de uma indenização de 100 milhões de libras, a exclusão dos chineses dos
bairros das legações estrangeiras, cuja proteção deveria ser garantida pelos próprios europeus, o que significava a manutenção de
tropas em plena cidade de Beijing [...]
• Manchu: natural da Manchuria
. Protonacionalismo: o prefixo proto indica a ideia de primeiro, principal. No caso, trata-se do primeiro sentimento nacionalista
surgido na China
REFLETINDO SOBRE O TEXTO
resolvem para mim pf. urgente!!!
Anexos:
miraelzojunior2:
pessoal é para ler o tezto e responder para mim as questões da imagem
Soluções para a tarefa
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Resposta:
A língua manchu é uma língua tungúsica falada no Nordeste da República Popular da China, na região da Manchúria. Porém, hoje o povo da Manchúria fala o mandarim, idioma oficial da República Popular da China. São menos de setenta os nativos falantes da Manchúria. Isso significa que a língua manchu pode desaparecer daqui a algumas décadas. Os únicos que sabem manchu são idosos.
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