Resina um pequeno texto sobre as mudanças que ocorreram nas políticas interna e externa dos Estados Unidos no início do século XX.
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Não são poucos os autores que comentam que, da mesma forma como o século XVIII foi francês e o XIX, britânico, o século XX foi acima de tudo norte-americano – assim como é possível que o XXI também o seja. Em todo caso, o fim do século XX, o chamado "pós-Guerra Fria", caracterizou-se, sem dúvida alguma, pela centralidade norte-americana. O período de transições e incertezas foi contrabalançado por inúmeras continuidades e certezas, de modo geral relativas à nação ianque: de um lado, pela existência de instituições inter e supragovernamentais em larga medida inspiradas e patrocinadas pelos Estados Unidos, e, de outro lado, por ter exatamente os Estados Unidos como a única superpotência mundial. O período inicial de hesitações externas e introversão do governo Clinton (1993-2000) e a beligerância neoconservadora e para-evangélica de George W. Bush apenas ressaltam a importância desse país para o mundo – a compreensão e a análise de sua política externa tornam-se, portanto, pré-requisito fundamental para se falar do "mundo no século XXI", e é nesse sentido que a pesquisa de Cristina S. Pecequilo torna-se uma contribuição importante.
Política externa dos Estados Unidos: continuidade ou mudança? é o resultado de seu doutorado em política internacional, levado a cabo na Universidade de São Paulo. Trata-se de uma obra que se tornará referência obrigatória por ser a primeira do gênero realizada no Brasil, que analisa extensivamente como os Estados Unidos constituíram, ao longo de seus pouco mais de dois séculos de existência, os parâmetros e as ações de sua conduta externa.
Recentemente, Madeira (2002) afirmou que nos últimos anos uma crescente bibliografia sobre os Estados Unidos tem surgido no Brasil, no sentido de analisar não as relações entre a potência do Norte e os outros países, mas a própria atuação norte-americana, procurando determinar como eles próprios percebem-na e atuam no mundo. Assim como durante os anos de 1970 havia osbrazilianists nas universidades estadunidenses, parece que surgem agora os "americanistas" na academia tupiniquim: sem dúvida alguma, é nesse contexto que se inclui este livro, uma pesquisa não sobre as "representações" sobre os Estados Unidos, mas sobre os "fatos" dessa política externa.
Deve-se notar que obras sobre os Estados Unidos há diversas, embora, de modo geral, refiram-se a questões localizadas ou a momentos específicos, enfatizando a perspectiva de um ator ou outro. A obra de Cristina Pecequilo, em contrapartida, refere-se apenas aos Estados Unidos, aludindo a outros atores estatais de maneira incidental e sempre na perspectiva norte-americana. Dessa forma, temos a possibilidade de entender como é que os formuladores de políticas nos Estados Unidos percebem o mundo e pensam em sua atuação nele – torna-se claro, a todo momento, que os valores apresentados são dos norte-americanos e não da autora. Examinadas as referências bibliográficas – que ocupam largas quarenta páginas – percebe-se uma preponderância de escritores autóctones, o que confere ao livro um certo caráter etnográfico e, nesse sentido, de valor realçado.
Política externa dos Estados Unidos: continuidade ou mudança? é o resultado de seu doutorado em política internacional, levado a cabo na Universidade de São Paulo. Trata-se de uma obra que se tornará referência obrigatória por ser a primeira do gênero realizada no Brasil, que analisa extensivamente como os Estados Unidos constituíram, ao longo de seus pouco mais de dois séculos de existência, os parâmetros e as ações de sua conduta externa.
Recentemente, Madeira (2002) afirmou que nos últimos anos uma crescente bibliografia sobre os Estados Unidos tem surgido no Brasil, no sentido de analisar não as relações entre a potência do Norte e os outros países, mas a própria atuação norte-americana, procurando determinar como eles próprios percebem-na e atuam no mundo. Assim como durante os anos de 1970 havia osbrazilianists nas universidades estadunidenses, parece que surgem agora os "americanistas" na academia tupiniquim: sem dúvida alguma, é nesse contexto que se inclui este livro, uma pesquisa não sobre as "representações" sobre os Estados Unidos, mas sobre os "fatos" dessa política externa.
Deve-se notar que obras sobre os Estados Unidos há diversas, embora, de modo geral, refiram-se a questões localizadas ou a momentos específicos, enfatizando a perspectiva de um ator ou outro. A obra de Cristina Pecequilo, em contrapartida, refere-se apenas aos Estados Unidos, aludindo a outros atores estatais de maneira incidental e sempre na perspectiva norte-americana. Dessa forma, temos a possibilidade de entender como é que os formuladores de políticas nos Estados Unidos percebem o mundo e pensam em sua atuação nele – torna-se claro, a todo momento, que os valores apresentados são dos norte-americanos e não da autora. Examinadas as referências bibliográficas – que ocupam largas quarenta páginas – percebe-se uma preponderância de escritores autóctones, o que confere ao livro um certo caráter etnográfico e, nesse sentido, de valor realçado.
Milly755:
Obrigadaaa.
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