Resenha: O Monge de Cister - Alexandre Herculano
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Alexandre Herculano de Carvalho e Araújo nasceu em Lisboa, em 28 de Março de 1810, e faleceu no ano de 1877. Poeta, romancista, historiador e crítico, um dos introdutores e guias do Romantismo português. Homem de lúcida visão crítica e participação ativa nas lutas políticas de seu tempo. Na sua infância e adolescência não pode ter deixado de ser profundamente marcado pelos dramáticos acontecimentos da sua época.
Herculano foi o iniciador do romance histórico em Portugal. Fez reviver em dezenas de obras as velhas tradições do seu país e todo o pitoresco da vida medieval portuguesa. Herculano soube relacionar a história com a imaginação sem que uma destruísse a outra. Os seus romances retratam épocas de particular interesse para a escola romântica, como o domínio árabe, a fundação da nacionalidade e a consolidação da sua independência no tempo de D. João I. São fidelíssimos em conservar a histórica e o local dos acontecimentos narrados: exatidão de vestuário, de armas, de costumes, de interiores e exteriores, de leis, de arquitetura, etc.
O romance histórico Monge de Cister de Alexandre Herculano, transcorre no século XIV, no ano de 1383, nesta obra Herculano historiador e prosador notável, soube como ninguém desdobrar com extrema habilidade as intrigas do reinado de D. João I. A excelente construção romanesca gira em torno do Frei Vasco, da ordem dos Frades Bernardos, um cavaleiro que se faz monge, mas em que o hábito não apagou os sentimentos de ódio e vingança. Neste romance o autor reconstitui a história de Portugal, as intrigas políticas da corte, desde as lutas da reconquista do território até o final da Idade Média. Neste período o poder real ou estatal começa a se fortalecer, com o apoio das forças produtivas do país, constituídas pelo povo e pela burguesia.