resenha do livro "Quarto de Despejo" !!!
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Resposta:
Resenha do livro Quarto de Despejo: Como uma biografia, o diário de Carolina Maria é tecido por uma linguagem simples que muito se assemelha à oralidade, com gírias e erros ortográficos que dão tom ainda mais sincero à obra. Aliás, a escrita é um dos pontos contundentes de Quarto de Despejo, grande parte dos acontecimentos é narrada com o período do dia que se segue. Apesar da modéstia na produção, o livro é perspicaz no conteúdo.
Carolina Maria de Jesus não hesitou em transcrever uma dura realidade do Brasil do modo que deve ser feito. Não “colocou açúcar” naquilo que, muitas vezes, é suavizado para não chocar. Precisamos ficar chocados, pois só assim nos questionamos. Aliás, Quarto de Despejo proporciona isso: reflexão. Somos levados a pensar nos maniqueísmos cotidianos e na falha deles. Acima de tudo, essa é uma obra que mais do que livro de cabeceira, deveria ser bibliografia recomendada em grades curriculares da educação.
Fontes usadas para a resposta: FalaUniversidade - 'Resenha - Quarto de Despejo: Diário de uma favelada'
Espero ter ajudado! Bons estudos! ^^
Resposta:
No livro “Quarto de despejo – Diário de uma favelada”, a autora Carolina Maria de
Jesus conta a sua história de vida e de formação da favela do Canindé, em São
Paulo. O texto foi preservado, respeitando a ortografia e a estrutura sintática escrita
por ela. Então vamos conhecer um pouquinho da vida desta escritora, catadora de
papel, negra e moradora da favela do Canindé no Estado de São Paulo.
15 de maio.
Tem noite que eles improvisam uma batucada e não deixa ninguém dormir. Os meus
visinhos de alvenaria já tentaram tom abaixo assinando retirar os faveldos. Mas não
conseguiriam. Os visinhos das casas de tijolos:
Os políticos protegem os favelados.
Quem nos protege é o povo e os Vicentinos. Os políticos só aparece aqui nas epoca
eleitoraes. O senhor Candideo Sampaio quando era vereador em 1953 passava os
domingos aqui na favela. Ele era tão agradavel. Tomava nosso café. Bebia nas
nossas xícaras. Ele nos dirigia as suas frases de viludo. Brincava com nossas
crianças. Deixou boas impressões por aqui e quando candidatou se a deputado
venceu: Mas na Camara dos Deputados não criou um progeto para beneficiar o
favelado. Não nos visitoumais.
Eu classifico São Paulo assim: o Palacio, é a sala de visita. A prefeitura é a sala de
jantar e a cidade é p jardim. E a favela é o quintal onde jagam os lixos.
A noite está tepida. O céu já está salpicado de estrelas. Eu que sou exotica gostaria
de recortar um pedaço do céu para faze, um vestido. Começou ouvir uns brados.
Saio para a rua. E o Ramiro que quer dar no senhor Binidiro. Mal entendido. Caiu
uma ripa no fio da luz e apagou a luz da casa do Ramiro. Por isso o Ramiro queria
bater no senhor Binidito. Porque o Ramiro é forte i o senhor Binidito é fraco.
O Ramiro ficou zangado porque eu fui a favor do senhor Binidito. Tentei concertrar
osfios. Enquanto eu tentava concertar o fio O Ramiro queria expancar o Binidito que
estava alcoolizado e não podia parar de pé. Estava inconciente. Eu náo posso
descrever o efeito do álcool porque não bebo. Já bebi uma vez. Em carater
experimental, mas o alcool não me tonteia.
Enquanto eu pretendia concertar a luz o Ramiro dizia:
Liga a luz, liga a luz sinão eu te quebro a cara.
O fio não dava para ligar a luz. Precisava emenda-lo Sou uma leiga na eletricidade.
Mandei chamar o senhor Alfredo, que é o atual encarregado da luz. Ele estava
nervoso. Olhava o senhor Binidito com depreso. A Juana que é esposa dp Bonidito
deu cinquenta cruzeiro para o senhor Alfredo. Ele pegou o dinheiro. Não sorriu. Mas
ficou alegre. Percebi pela sua fisionomia. Enfim o dinheiro dissipou o nervosismo.
(Carolina Maria de Jesus)
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