Resenha do livro cidadania brasileira: longo caminho
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Resposta:
È indubitável reconhecer que para Carvalho, a consolidação da democracia se deu de maneira mais acentuada com o termino da Ditadura Militar, 1985, período este que ficou marcado pela perseguição política e supressão dos direitos fundamentais. Ademais, foi no ano de 1988, com a nova carta magna, intitulada como “Constituição Cidadã”, que a população toma para si um sentimento democrático, tal título se deu pelo fato de que se voltava a se eleger nossos prefeitos, governadores e presidente da República seria garantia de liberdade, de participação, de segurança, de desenvolvimento, de emprego, de justiça social.
Nesse sentido, no primeiro capítulo do texto, o autor vai relatar o período que vai da independência do Brasil em 1822 até a tomada do poder por Vargas em 1930. O autor então vai dividir a cidadania em três abordagens, sendo elas: direitos civis, políticos e sociais.
Sendo assim de maneira sucinta explica-se da seguinte forma: a) Direitos civis: são os direitos fundamentais, sendo eles, à liberdade, à propriedade, à vida, à igualdade diante da lei. Estes direitos pressupõe a independência da justiça, além de sua eficiência, e facilidade no acesso para toda sociedade, garantindo as relações entre as pessoas e um ambiente propício ao desenvolvimento socioeconômico; b) Direitos sociais: são os que garantem a distribuição da riqueza entre as esferas da sociedade, incluindo itens como: o direito ao trabalho, à educação, à aposentadoria, ao salário justo e saúde de qualidade. Os direitos sociais dependem de uma administração pública eficiente, c) Direitos políticos: tratam-se daqueles ligados à participação do cidadão no governo da sociedade. Os Direitos políticos têm como base a existência de partidos políticos atuantes e um parlamento livre e representativo, os quais dão legitimidade à organização política da sociedade.
Além disso um ponto fundamental do texto, é que para Carvalho, a educação tem um papel muito importante para que se possa exercer a cidadania, pois ela auxilia aos indivíduos a compreender seus direitos, de tal forma que possam cobrar as autoridades afim de que elas realizem ações para promoção da liberdade, justiça social, desenvolvimento socioeconômico e outros.
No Brasil, aconteceram primeiro as leis que contemplavam os direitos sociais. Somente após, surgiu a preocupação com a efetivação dos direitos políticos. Com isso a concepção de cidadania foi prejudicada. Num contexto de um Estado paternalista, a busca por um novo messias na política enfraqueceu as consciências, evitando uma luta eficaz pela consolidação de direitos.
A população prefere apostar num executivo garantidor de alguns direitos para alguns. O legislativo e o judiciário aparecem no imaginário popular como figuras subalternas. A figura do político profissional é desprestigiada como agente transformador da realidade. O político é visto como um mediador de favores junto ao executivo. Uma espécie de mal necessário. A cultura criada onde a busca de direitos excluem deveres, onde a falta de conhecimento aliou-se ao imediatismo, só o tempo poderá mudar. Será necessário o investimento forte na escolarização de fato.
Assim conclui-se dizendo que , com as administrações petistas e suas formas alternativas de envolver a população na formulação e execução de políticas públicas, o autor,diz que se a escravidão era um câncer que corroia nossa vida cívica e impedia a construção da nação, como afirmara José Bonifácio em 1823, "a desigualdade é a escravidão de hoje, o novo câncer que impede a constituição de uma sociedade democrática" (p.229).
Referências Bibliográficas
DE CARVALHO, José Murilo. Cidadania no Brasil. O longo caminho, v. 18, , 2001.
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