Português, perguntado por hiromi8547, 8 meses atrás

RESENHA DO LIVRO “A DROGA DA OBEDIÊNCIA”, DE PEDRO BANDEIRA



O livro “A droga da obediência” é o primeiro livro da série “Os Karas”, escrita por Pedro Bandeira, em 1984. O livro que contém 134 páginas, foi e ainda é publicado pela Editora Moderna.

Se ao ler a sinopse do livro acima ou, ao bater o olho no termo “Karas”, você sentiu aquela nostalgia arrebatadora, provavelmente é porque você tem pelo menos mais de 20 anos. Mas se você não faz ideia de quem sejam esses personagens, não se aflija. Nunca é tarde demais para conhecer e ler um bom livro.

“A droga da obediência” é o primeiro de cinco livros sobre Os Karas: um grupo secreto formado por cinco adolescentes, Miguel (o líder), Calú (o ator), Magrí (a atleta), Crânio (o gênio) e Chumbinho (o novato). Apesar de serem “apenas” adolescentes, os Karas não devem ser subestimados: o grupo possui um esconderijo no forro do colégio, códigos secretos para decodificar mensagens e sinais corporais para passarem mensagens urgentes. Todos os jovens do grupo são personagens muito bem construídos, porém, todos têm o perfil um pouco utópico demais, mas isso não afeta a narrativa do livro.

A história tem como cenário principal o Colégio Elite, o melhor colégio de São Paulo de acordo com o livro, onde estudam os integrantes dos Karas. Sequestros estão acontecendo e a cada semana três estudantes somem de alguma escola de São Paulo. Quando o crime chega ao Colégio Elite, os Karas logicamente acabam se envolvendo. Não bastasse essa séria investigação, os Karas ainda têm que lidar com Chumbinho, um garotinho que descobre tudo sobre a organização deles, desde esconderijos aos códigos secretos, e os chantageia, ameaçando contar a todos os segredos dos Karas a não ser que ele entre para a turma. Miguel como líder, tenta contornar a situação rapidamente fazendo as vontades de Chumbinho e lhe dá uma tarefa simples para manter o garoto fora do caminho até que eles resolvam o problema dos sequestros e depois arranjem um jeito de despistar o pobre garoto. Porém nenhum dos Karas contava com o desaparecimento do menino, que acaba se tornando um dos garotos sequestrados do Elite. Sentindo-se culpado pelo acontecido, Miguel se empenha ainda mais para descobrir todo o mistério ao redor da Droga da Obediência.

O autor vai deixando pistas bem sutis pelos capítulos, instigando o leitor a tentar desvendar a verdadeira identidade do Doutor Q.I. e outros mistérios menores da trama, envolvendo-no completamente na história e deixando um gostinho de quero mais nas páginas finais. O livro é bem curtinho, porém com um enredo muito intenso, cheio de ação e reviravoltas e que, apesar de ser um livro infanto-juvenil, levanta questões muito importantes como pano de fundo da história e que deveriam ser melhor discutidas pela juventude. Entretanto o autor aborda esses tópicos com maestria, sem tornar o livro em uma chata lição de moral.

Os livros de Pedro Bandeira com o grupo dos Karas – o avesso dos coroas, o contrário dos caretas – entre outras tantas ótimas obras do autor, são leitura nacional obrigatória. A melhor forma de finalizar essa resenha, é com as palavras do próprio autor sobre “A droga da obediência”: “Não é importante gostar do livro ou concordar com ele. É importante pensar no assunto. Eu quero que este livro seja lido e discutido por todos os jovens. Eu não preciso disso. Quem precisa são os jovens.”


1. QUAIS SÃO OS DADOS TÉCNICOS/BIBLIOGRÁFICOS MENCIONADOS SOBRE O LIVRO A DROGA DA OBEDIÊNCIA NA INTRODUÇÃO/ APRESENTAÇÃO DA RESENHA?

Soluções para a tarefa

Respondido por edgar890
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Resposta:

1) O espaço da narrativa onde as ações se desenrolam no primeiro capítulo trata-se da escola, onde Miguel, Calu, Crânio e Magrí estudam.

2) No primeiro capítulo de "A droga da Obediência" são apresentados quatro personagens, sendo eles Miguel, Calu, Crânio e Magrí.

3) No livro "A droga da Obediência" o foco narrativo está na terceira pessoa, isto é, de um narrador observador e que é onisciente, pois ele não participa da história, não havendo a presença da pessoa "eu" em relação ao narrador.

Explicação:

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