resenha do flme "O mínimo para viver" e colocar os transtornos alimentares presentes no filme (mínimo 12 linhas)
Soluções para a tarefa
O novo lançamento veio para se juntar ao conjunto de obras lançadas pela Netflix que mostram a realidade de uma forma mais explícita e, por isso, causam polêmica e incitam as mais diversas discussões e reflexões, como aconteceu com as séries “13 porquês” e “Cara gente branca”, mostrando opiniões tanto positivas quanto negativas.
Este filme, no geral, possui aspectos positivos e negativos, com alguns pontos que merecem ser citados:
A anorexia como ela é
Durante os 100 minutos de filme pode-se ter uma conscientização sobre como é o funcionamento de um sujeito com anorexia, além de uma amostra de outros transtornos alimentares, como a bulimia nervosa, embora explicitada em menor escala. Após a mudança de Ellen para uma casa de tratamento (que ao meu ver tinha uma abordagem mais humanizada que os hospitais que ela frequentara antes), pudemos ver como o transtorno se manifesta e como cada um possui diferentes repercussões.
Em algumas cenas Ellen contava as calorias presentes na comida que estava em seu prato; em outro momento uma jovem fica nervosa ao pensar na quantidade de calorias que um soro possui, pois ela teve que se alimentar por sonda, já que não se alimentava adequadamente; foram mostradas cenas nas quais as jovens falavam sobre vomitar após as refeições, discutindo até sobre a forma na qual elas faziam tal; também ilustraram imagens de Ellen correndo, “andando rápido”, fazendo abdominais e medindo o braço para verificar se ela consegue fechar a mão em seu braço, bem como faz menção ao uso de laxantes, além de mostrar a rotina da instituição, de mostrar a pesagem diária do habitantes da casa.
Tais cenas demonstram como a anorexia não só reflete na saúde física de alguém, como impacta diretamente o psicológico, e tal fator é determinante no curso da doença. Como definido anteriormente, além da alteração física, há o medo de ganhar peso e alteração da imagem corporal e da consciência sobre o transtorno. O fator psicológico é muito influente nesse caso, pois uma vez que o nosso psicológico, o “eu do transtorno” se olha no espelho e vê uma pessoa gorda ou que não está suficientemente magra, não há realidade externa que consiga convencer o contrário, é como se uma parte de nós guiasse totalmente o processo e a forma na qual vemos as coisas.
Nesses casos a tendência do sujeito com anorexia falar que está com tudo sob controle ou que nega a doença é alta, e por isso que nessas situações é difícil uma pessoa assumir que precisa de ajuda e tratamento, geralmente isso acontece quando já está em um estado avançado e os prejuízos biopsicossociais já são muito acentuados. O tratamento também tem diversas complicações, com probabilidade de recaídas, já que o fator psicológico tem muita influência, como ilustrado no filme, pois mesmo com Ellen e os jovens na casa, ela ainda fazia abdominais escondida e media os braços todo dia, além de negociar laxantes ao descobrir que sua colega purgava escondida.
A família
O filme também mostra a importância dá participação da família na prevenção e tratamento. É importante que os familiares estejam alinhados sobre como é o transtorno e como lidar com tal, tanto com o(a) parente que está com anorexia quanto como lidar com suas próprias repercussões em relação a isso.
A obra ilustrou o caso de uma família com pouco repertório para lidar com Ellen em seu estado. A mãe, que tem um histórico de transtorno mental, não suportou o quadro da filha e fez com que Ellen se mudasse para a casa do pai; o pai, que é ausente e aparentemente irritado, tenta constantemente se manter alheio de todas as situações, encontrando pretextos para não se encontrar com a filha e não comparecer a terapia familiar.
A madrasta e a irmã são as mais presentes e as que mais encorajam o tratamento de Ellen, porém ambas (assim como a mãe também), fazem menções que impactam a jovem, como falar constantemente sobre como sua aparência está feia, atos como fazer um bolo com os dizeres “Coma, Ellen”, e dizeres como “se você morrer eu te mato”.
A história mostra o lado dos familiares, como eles se sentem em relação a situação da parente anoréxica, porém retrata em partes como possivelmente os familiares no geral se comportam frente a isso e, portanto, o filme dá atenção ao fato de que a postura dos familiares e amigos deve ser discutida, conscientizada e trabalhada.
Resposta:
Ellen, uma jovem de 20 anos com anorexia, é obcecada por seu corpo magro e não consegue se ver morrendo lentamente. Ellen atingiu um nível muito preocupante de magreza. Ela passou por vários médicos e internações, mas não conseguiu superar a doença. Sua madrasta consegue uma consulta com um médico que usava uma abordagem muito diferente para tratar a doença, e na primeira consulta vimos uma conversa muito franca entre as dois, o que pareceu surtir algum efeito em Ellen, quando ela concordou em receber nova internação.
Chegando ao local onde será internada, Ellen conhece outras pessoas com transtornos similares, cada uma buscando superar o desafios dia após dia, um passo de cada vez. Ellen é um pouco isolada, prefere ficar sozinha e claramente não quer melhorar porque não vê ou se sente uma pessoa doente. O filme não mostra uma personagem forte e que quer vencer uma doença, pelo contrário, Ellen não acha que está doente e com o passar do tempo só piora. Ela não tenta vencer a anorexia, por mais que saiba que não está bem a Ellen só quer emagrecer.
Explicação: