Resenha do filme um dia de fúria
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Em Um Dia de Fúria de 1993 Willian "D-Fense" Foster, personagem de Michael Douglas, depois de perder o emprego e se ver perdendo o aniversário da filha, simplesmente abandona seu carro no meio do tráfego e parte numa jornada para chegar em casa, mas para isso ele deve passar pelos subúrbios de Los Angeles.
O filme em si é uma grande crítica. Ele critica o american way, o sistema dos bancos mostrando o tratamento diferente dado aos “não economicamente viáveis”, crítica até os fast-foods com seus produtos enganadores, mas principalmente crítica o comportamento deplorável dos cidadães das grandes cidades, que em meio ao estres do dia só sabem piorar ainda mais a situação com seus semelhantes.
Embora Willian seja muito violento,isso não quer dizer que seja um monstro completo, ele é mais qualificado como um produto do meio onde vive. Depois de perder o emprego e se ver afastado da filha por ordem judicial, Willian acaba explodindo não só por estar desempregado e longe da família, mas por causa da sociedade que faz com que um homem "digno" como ele esteja sem emprego e sem família.
Se por um lado temos o Willian com todo seu temperamento agressivo, por outro temos o detetive Prendergast, interpretado por Robert Duval, em seu último dia de trabalho antes de aposentar. Prendergast é exatamente o oposto de Willian, ele é calmo, amigável, mas é ridicularizado por seus colegas de trabalho por ser um pau-mandado muito preocupado com sua mulher e estar se aposentando por ela, ele é o responsável por capturar D- fense.
Um Dia de Fúria é um filme muito difícil de se classificar, se por um lado se tem uma crítica muito grande ao estilo de vida das grandes cidade. Por outro temos um humor-negro muito aparente durante todo o filme. E para mim essa característica do filme em ser parte thriller-policial e parte ser humor-negro, faz com que Um Dia de Fúria se torne único.