Biologia, perguntado por leonoroliveira1979, 10 meses atrás

Resenha do filme: O Extraordinário

Soluções para a tarefa

Respondido por ThaaySoares
12


Quando assisti ao trailer de “Extraordinário”, novo filme do diretor Stephen Chbosky, baseado no livro homônimo, tive certeza que seria uma daquelas tramas emocionantes que levaria os expectadores às lágrimas, já que se trata da história de um garoto que tem uma deformidade facial enfrentando o preconceito das pessoas. Minha teoria caiu por terra quando, na primeira cena, o garoto em sua narrativa em off descreve seu parto de forma cômica e daí em diante o tom do filme é esse: leve e emocionante.



August “Auggie” Pullmann nasceu com uma rara doença que fez com que seu rosto ficasse deformado e precisou passar por 27 cirurgias em sua breve vida para corrigir alguns aspectos, mas ainda assim sua aparência gera curiosidade e desconforto. Auggie foi criado cercado pelo amor de sua família, onde fora alfabetizado por sua mãe Isabel Pullman (Julia Roberts, que dispensa apresentações) e poucas vezes saía de casa e quando o fazia, usava seu capacete da NASA que ganhara de presente e utilizava para evitar atrair olhares.






“Extraordinário” aborda temas sensíveis como o bullying, mas não se deixa enveredar pelo peso do assunto. Auggie é interpretado por Jacob Tramblay (o queridinho ator mirim de Hollywood que assombrou o mundo por sua interpretação em “O quarto de Jack”) que o desenvolve com bravura e talento inquestionável. Aliás, não há um resquício sequer de Jack em Auggie.



A química entre Jacob e Julia é perfeita. Ela sabe transmitir emoção na medida quando toma a decisão de enviar seu filho aos 10 anos pela primeira vez para uma escola, por acreditar que ele deve interagir com o mundo. Sofremos junto com essa mãe no portão da escola, apreensiva e temerosa de que seu filho se machuque.



A irmã de Auggie, Olivia “Via” (Izabela Vidovic) é uma adolescente esquecida pelos pais por conta da condição do irmão, mas que não desenvolve aquele papel caricato que a idade empresta ao cinema, apresentando “aborrecentes” carentes de atenção. Assim como em seu filme “As vantagens de ser invisível”, Chbosky acerta na narrativa e na escolha do elenco, a exceção é Owen Wilson, interpretando Nate, pai do protagonista, que se esforça muito, mas nunca foi dos mais brilhantes. Menção honrosa à Sonia Braga que faz pequena participação em um diálogo marcante com sua neta, Via.






O filme é apresentado em forma de capítulos, em narrativa não-linear, tendo cada um o nome de um personagem, tal qual no livro e neste formato somos brindados com a com a história sendo contada em cada momento sob a ótica de cada um, transmitindo emoções diferentes de um mesmo acontecimento.



De modo geral, “Extraordinário” é um filme good vibe, em que o expectador irá se sentir bem. Mesmo nas partes mais dolorosas em que o bullying e o sofrimento ficam mais evidentes, somos agraciados com o encanto do protagonista e nos compadecemos de seu pesar. As piadas são leves, bem-humoradas e com sacadas ótimas, como aquelas em que envolvem o universo de Star Wars, tema recorrente ao qual o nosso pequeno herói é apaixonado. Não tem como não se emocionar quando Auggie afirma de todo coração que gosta mais de Halloween do que do Natal porque ele pode usar uma máscara e andar de cabeça erguida brincando e se divertindo sem que seja alvo de olhares, ou quando aflora sua amizade com Jack Will, nos cativando com a pureza da amizade entre crianças.







É claro que existe um tantinho de clichê, afinal filmes com o desejo de transmitir uma boa mensagem são assim mesmo, mas o recado final é de que existe bondade e maldade em qualquer idade e emprestando a frase do livro/filme reitero: “Quando tiver que escolher entre estar certo e ser gentil, escolha ser gentil”
Respondido por carolinasikoraa
5

Resposta:

"Extraordinário" faz jus ao nome com toda a sua simplicidade

Publicado em 4 de dezembro de 2017 por Felipe Sclengmann em Resenhas  

              Bondade! Essa palavra parece estar sumindo do vocabulário universal. Extraordinário é cheio de lições de compaixão e auto aceitação que vão te lembrar, mesmo sendo extremamente otimista, que a bondade faz parte do âmago do ser humano.

              No filme, Auggie Pullman (Jacob Tremblay, de O Quarto de Jack) é um garoto que nasceu com uma deformação facial, o que fez com que passasse por 27 cirurgias plásticas. Aos 10 anos, ele pela primeira vez frequentará uma escola regular, como qualquer outra criança. Lá, precisa lidar com a sensação constante de ser sempre observado e avaliado por todos à sua volta.

             Seguindo um momento importante na vida de Auggie, Extraordinário não deixa de lado os seus coadjuvantes e vai cativando não só com o protagonista, mas também com seus pais, Julia Roberts (Olhos da Justiça) e Owen Wilson (Zoolander 2), mas principalmente com sua irmã, Izabela Vidovic (Supergirl), e seus amigos, Noah Jupe (HHhH), Millie Davies (Orphan Black) e Danielle Rosa Russell (Sob o Mesmo Céu).

             Stephen Chbosky (As Vantagens de Ser Invisível) dirige a adaptação do romance de R.J. Palacio com uma sensibilidade ímpar. Ele extrai boas atuações do elenco adulto e infantil, sem deixar que a história caia na pieguice ou mesmo seja maniqueísta manipulando o público para emocionar.

              A narrativa, dividida em capítulos, se aprofunda na perspectiva dos diferentes personagens jovens e, por vezes, se duplica em eventos e traz novas facetas para cada um deles.

             Tremblay está irreconhecível sob camadas de maquiagem e computação gráfica (assinada por Arjen Tuiten, de O Labirinto do Fauno e Malévola), ainda assim sua atuação está impecável. O menino canadense, hoje com 11 anos, prova o motivo que o destacou em O Quarto de Jack, seu talento nato.

             Nos entusiasmamos com Auggie, suas observações sobre o mundo e suas respostas para alguns problemas da vida (que também passamos e nos identificamos, mesmo não tendo a aparência do menino). Extraordinário é uma história de conexão, não de sofrimento, ele vai dramatizar a vida de um garoto perante as pessoas ao se redor e as adversidades da vida e com isso nos convida a embarcar com ele. Eu aconselho: se deixe levar e emocione-se!

espero ter ajudado (:

Explicação:

Perguntas interessantes