Resenha do filme "Chiquinha Gonzaga".
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Francisca Edwiges Neves Gonzaga, filha de uma negra com um militar, não teve uma infância tranqüila. Rosa Maria de Lima, sua mãe, enfrentou muito preconceito quando engravidou. O pai, José Basileu Gonzaga, militar bem-sucedido, era filho de família abastada e sofreu uma forte pressão de seus pais, totalmente contrários ao casamento com Rosa. Chiquinha nasceu no dia 17 de outubro de 1847, bastarda.
No entanto, essas barreiras não conseguiram separar a família. Algum tempo depois, José assumiu Chiquinha como sua filha legítima e casou-se com Rosa. Chiquinha foi educada para tornar-se uma sinhazinha, mas nunca se rendeu ao estilo aristocrata do pai. Pelo contrário, a menina mostrou desde cedo que tinha uma personalidade determinada e inquieta. O responsável por sua formação escolar foi o cônego Trindade, contratado por seu pai. Paralelamente, recebia educação musical tendo aulas de piano com o maestro Lobo. A primeira vez que Chiquinha mostrou seus dotes musicais foi em 1858, durante um Natal em família. Aos 16 anos, casou-se com Jacinto Ribeiro do Amaral, rico proprietário de terras. O presente de casamento de seu pai foi um piano, instrumento que a partir daí, assumiu grande importância em sua vida. O excesso de zelo com o piano começou a provocar ciúmes no marido.
Em 1865, durante a Guerra entre Brasil e Paraguai, Jacinto fretou o seu navio mercante para o transporte de soldados e armas. No intento de afastar a mulher do piano ele decidiu levá-la com ele nas viagens. Mas nada conseguia tirar de Chiquinha a paixão pela música. Durante a travessia ela conseguiu um violão e não desgrudou mais dele. Isso foi a gota d’água para Jacinto e ele deu um ultimato: ou eu ou a música. Chiquinha deixou o marido e retornou para o Rio de Janeiro. Voltou para ele quando descobriu que estava grávida novamente. Após o nascimento do menino, abandonou Jacinto definitivamente. Essa atitude foi extremamente reprovada por sua família que decretou que dali em diante ela estava morta. A corajosa mulher entrou, então, para o mundo musical boêmio. Nascia uma estrela! Depois de passar por várias dificuldades em sua vida, Francisca transformou o piano em seu ganha-pão. Mais uma vez a ousadia dessa mulher foi condenada pela sociedade conservadora da época. Mas nada impediu o espírito criativo de Chiquinha de alçar vôos. Ela compôs sucessos como “Atraente” e “Ó Abre Alas” , primeira música feita especialmente para o Carnaval. Escreveu peças de teatro como “Festa de São João” e “A filha do Guedes”. Outra audácia de Chiquinha foi a introdução da música popular brasileira nos salões de elite. Mas as ousadias dessa compositora, maestrina e abolicionista não pararam por aí. No início do século XX, Chiquinha iniciou um romance, que duraria até o fim de sua vida, com um rapaz 36 anos mais novo que ela, o jovem João Batista. Para evitar mais comentários envolvendo seu nome ela dizia que “Joãozinho” era seu filho. No dia 28 de fevereiro de 1935, essa mulher que serviu de exemplo para toda uma geração faleceu em seu apartamento numa antevéspera de Carnaval. Espero ter ajudado.
No entanto, essas barreiras não conseguiram separar a família. Algum tempo depois, José assumiu Chiquinha como sua filha legítima e casou-se com Rosa. Chiquinha foi educada para tornar-se uma sinhazinha, mas nunca se rendeu ao estilo aristocrata do pai. Pelo contrário, a menina mostrou desde cedo que tinha uma personalidade determinada e inquieta. O responsável por sua formação escolar foi o cônego Trindade, contratado por seu pai. Paralelamente, recebia educação musical tendo aulas de piano com o maestro Lobo. A primeira vez que Chiquinha mostrou seus dotes musicais foi em 1858, durante um Natal em família. Aos 16 anos, casou-se com Jacinto Ribeiro do Amaral, rico proprietário de terras. O presente de casamento de seu pai foi um piano, instrumento que a partir daí, assumiu grande importância em sua vida. O excesso de zelo com o piano começou a provocar ciúmes no marido.
Em 1865, durante a Guerra entre Brasil e Paraguai, Jacinto fretou o seu navio mercante para o transporte de soldados e armas. No intento de afastar a mulher do piano ele decidiu levá-la com ele nas viagens. Mas nada conseguia tirar de Chiquinha a paixão pela música. Durante a travessia ela conseguiu um violão e não desgrudou mais dele. Isso foi a gota d’água para Jacinto e ele deu um ultimato: ou eu ou a música. Chiquinha deixou o marido e retornou para o Rio de Janeiro. Voltou para ele quando descobriu que estava grávida novamente. Após o nascimento do menino, abandonou Jacinto definitivamente. Essa atitude foi extremamente reprovada por sua família que decretou que dali em diante ela estava morta. A corajosa mulher entrou, então, para o mundo musical boêmio. Nascia uma estrela! Depois de passar por várias dificuldades em sua vida, Francisca transformou o piano em seu ganha-pão. Mais uma vez a ousadia dessa mulher foi condenada pela sociedade conservadora da época. Mas nada impediu o espírito criativo de Chiquinha de alçar vôos. Ela compôs sucessos como “Atraente” e “Ó Abre Alas” , primeira música feita especialmente para o Carnaval. Escreveu peças de teatro como “Festa de São João” e “A filha do Guedes”. Outra audácia de Chiquinha foi a introdução da música popular brasileira nos salões de elite. Mas as ousadias dessa compositora, maestrina e abolicionista não pararam por aí. No início do século XX, Chiquinha iniciou um romance, que duraria até o fim de sua vida, com um rapaz 36 anos mais novo que ela, o jovem João Batista. Para evitar mais comentários envolvendo seu nome ela dizia que “Joãozinho” era seu filho. No dia 28 de fevereiro de 1935, essa mulher que serviu de exemplo para toda uma geração faleceu em seu apartamento numa antevéspera de Carnaval. Espero ter ajudado.
Usuário anônimo:
Ajudou muitooo, obrigada! ❤❤
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