Resenha brasil colônia ( boris fausto)
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Resenha: FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Editora da USP. 1994. 666 p.
INTRODUÇÃOO livro, produzido em 1993 e dividido em 12 partes, foi feito segundo argumenta Boris Fausto, para um público que compreende do universo do segundo grau (Ensino Médio), das universidades até um público letrado. Ele é dotado de cronologia histórica, glossário bibliográfico e índice onomástico. O autor fala que existe mais interesse por assuntos como a Ditadura Militar que das Capitanias Hereditárias e em certos momentos, como ele mesmo afirma, toma partido de alguns assuntos discutidos no livro. Ele afirma que[...] Por isso mesmo, o que o leitor tem em mão não é a História do Brasil – tarefa pretensiosa e aliás impossível – mas uma História do Brasil, narrada e interpretada sinteticamente, na óptica de quem a escreveu.[O BRASIL COLONIALA população ameríndia era de um modo em geral homogênea e os tupinambás, chamados de tupis, viam os brancos com poderes especiais.[...] De qualquer forma, não há duvida de que, pelo alcance limitado de suas atividades e pela tecnologia rudimentar de que dispunham, estavam longe de produzir os efeitos devastadores da poluição dos rios com mercúrio, ou da derrubada de florestas com motosserras, características das atividades dos brancos nos dias de hoje.[2]
Na colônia (patrocinado por estado e igreja) a população era mestiça. Destaca-se a extração do Pau-Brasil. Nas várias negociações que ocorreram resultou no Tratado de Tordesilhas, pensando-se nos vários grupos que estavam em áreas portuguesas como os franceses. As Capitanias Hereditárias tinha uma origem feudal de colonização e no Brasil (assim como América Latina) fornecia gêneros alimentícios e minérios, baseado na grande propriedade, empresa comercial e trabalho compulsório. De começo o Brasil só correspondia a 2% das receitas de Portugal contra 26% da Índia. Os índios eram incompatíveis com o trabalho intenso e os jesuítas os ensinavam a serem “bons cristãos”, masOs índios resistiram às varias formas de sujeição, pela guerra, pela fuga, pela recusa ao trabalho compulsório. Em termos comparativos, as populações indígenas tinham melhores condições de resistir do que os escravos africanos.[3]
Sobre a escravidão, o autor aponta para a importância do Quilombo dos Palmares. Nem a Coroa portuguesa ou a Igreja se opunham a escravidão negra. O escravo era considerado juridicamente uma coisa, que em média não chegava a 30 anos em 1850. Portugal foi pioneiro na expansão marítima, mas não no comércio. Ademais, o estado luso era considerado absolutista e o autor prefere usar a expressão coroa a rei, pensando no conjunto que no individuo. Os vice-reis na colônia tinham extensas atribuições e as câmaras municipais sobrevivem até a atualidade, apesar das mudanças. Em oposição a isso os chamados “puros de sangue” eram uma pequena minoria, aos mulatos e criolos cabiam as tarefas domésticas, mas era comum todos possuírem o desejo de terem escravos. Os títulos de nobreza não eram hereditários e existia aproximação e atrito entre os grandes proprietários rurais. A maioria da população vivia na colônia e entre as regiões havia muita diferença, sendo Salvador a maior entre as poucas cidades que existiam. Por volta de 1530/40 é estabelecido o comércio da cana-de-açúcar no Brasil. Segundo FaustoOs senhores de engenho não viviam isolados na plantation. Pela própria natureza e localização de sua atividade, geralmente próxima de um porto, estavam em contato com o mundo urbano e com um olho no mercado internacional. Afinal de contas, sua riqueza dependia não só da capacidade de tocar o negocio no Brasil mas dos preços fixados do outro lado do Atlântico, nos grandes centros importadores.[4]
Em 1630 em Olinda e 1624 em Salvador os holandeses invadem o Brasil e o autor lança algumas questões e dúvidas sobre o governo de Maurício de Nassau.
INTRODUÇÃOO livro, produzido em 1993 e dividido em 12 partes, foi feito segundo argumenta Boris Fausto, para um público que compreende do universo do segundo grau (Ensino Médio), das universidades até um público letrado. Ele é dotado de cronologia histórica, glossário bibliográfico e índice onomástico. O autor fala que existe mais interesse por assuntos como a Ditadura Militar que das Capitanias Hereditárias e em certos momentos, como ele mesmo afirma, toma partido de alguns assuntos discutidos no livro. Ele afirma que[...] Por isso mesmo, o que o leitor tem em mão não é a História do Brasil – tarefa pretensiosa e aliás impossível – mas uma História do Brasil, narrada e interpretada sinteticamente, na óptica de quem a escreveu.[O BRASIL COLONIALA população ameríndia era de um modo em geral homogênea e os tupinambás, chamados de tupis, viam os brancos com poderes especiais.[...] De qualquer forma, não há duvida de que, pelo alcance limitado de suas atividades e pela tecnologia rudimentar de que dispunham, estavam longe de produzir os efeitos devastadores da poluição dos rios com mercúrio, ou da derrubada de florestas com motosserras, características das atividades dos brancos nos dias de hoje.[2]
Na colônia (patrocinado por estado e igreja) a população era mestiça. Destaca-se a extração do Pau-Brasil. Nas várias negociações que ocorreram resultou no Tratado de Tordesilhas, pensando-se nos vários grupos que estavam em áreas portuguesas como os franceses. As Capitanias Hereditárias tinha uma origem feudal de colonização e no Brasil (assim como América Latina) fornecia gêneros alimentícios e minérios, baseado na grande propriedade, empresa comercial e trabalho compulsório. De começo o Brasil só correspondia a 2% das receitas de Portugal contra 26% da Índia. Os índios eram incompatíveis com o trabalho intenso e os jesuítas os ensinavam a serem “bons cristãos”, masOs índios resistiram às varias formas de sujeição, pela guerra, pela fuga, pela recusa ao trabalho compulsório. Em termos comparativos, as populações indígenas tinham melhores condições de resistir do que os escravos africanos.[3]
Sobre a escravidão, o autor aponta para a importância do Quilombo dos Palmares. Nem a Coroa portuguesa ou a Igreja se opunham a escravidão negra. O escravo era considerado juridicamente uma coisa, que em média não chegava a 30 anos em 1850. Portugal foi pioneiro na expansão marítima, mas não no comércio. Ademais, o estado luso era considerado absolutista e o autor prefere usar a expressão coroa a rei, pensando no conjunto que no individuo. Os vice-reis na colônia tinham extensas atribuições e as câmaras municipais sobrevivem até a atualidade, apesar das mudanças. Em oposição a isso os chamados “puros de sangue” eram uma pequena minoria, aos mulatos e criolos cabiam as tarefas domésticas, mas era comum todos possuírem o desejo de terem escravos. Os títulos de nobreza não eram hereditários e existia aproximação e atrito entre os grandes proprietários rurais. A maioria da população vivia na colônia e entre as regiões havia muita diferença, sendo Salvador a maior entre as poucas cidades que existiam. Por volta de 1530/40 é estabelecido o comércio da cana-de-açúcar no Brasil. Segundo FaustoOs senhores de engenho não viviam isolados na plantation. Pela própria natureza e localização de sua atividade, geralmente próxima de um porto, estavam em contato com o mundo urbano e com um olho no mercado internacional. Afinal de contas, sua riqueza dependia não só da capacidade de tocar o negocio no Brasil mas dos preços fixados do outro lado do Atlântico, nos grandes centros importadores.[4]
Em 1630 em Olinda e 1624 em Salvador os holandeses invadem o Brasil e o autor lança algumas questões e dúvidas sobre o governo de Maurício de Nassau.
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