Releia o primeiro parágrafo e explique o que o narrador quis dizer com “... dali a alguns dias embarcaria em direção à África, num navio cujo nome era irresistível para mim: Aventura.”
Soluções para a tarefa
Resposta:
pfv manda o texto pra mim ler
texto:
Vamos à leitura de um trecho da segunda parte do trabalho mais conhecido do autor Swift – “As viagens de Gulliver”. Uma recriação desta narrativa de aventura foi lançada, recentemente, no cinema.
SEGUNDA PARTE
Viagem a Brobdingnag
1. Pequeno demais para ser visto
Minha mulher Mary não gostou nem um pouco quando eu, dois meses após meu retorno à Inglaterra, comuniquei a ela que dali a alguns dias embarcaria em direção à Àfrica, num navio cujo nome era irresistível para
mim: Aventura.
Ela continuou cozinhando, sem querer levantar os olhos do fogão. Ainda tentei tranquilizá-la, dizendo que, depois de Lilliput, nada de surpreendente ou mais perigoso poderia acontecer... Mary fez apenas um muxoxo e eu percebi que o seu sexto sentido a fazia desconfiar de minhas palavras...
Os primeiros 20 dias de viagem não foram muito calmos, pois os ventos fortes dificultavam as operações de bordo e a manutenção da rota. Na madrugada do 21º dia, o Aventura foi atingido por uma violenta tempestade que, embora tenha durado horas, foi suficiente para fazer com que perdêssemos nossa localização no mapa.
O dia seguinte amanheceu claro e bonito. Logo avistamos, ao sul, alguns rochedos, que poderiam pertencer a uma ilha ou mesmo a um continente. Como já se esgotava nossa água potável, o comandante ordenou a 12 homens que tomassem um bote e procurassem fontes ou rios; talvez até achassem alguém que nos informasse sobre nossa localização. Parti com eles.
Foi um pouco custoso alcançar a praia, por causa dos recifes enormes e pontiagudos. Quando, finalmente, chegamos, resolvemos nos separar. Eu, com minha experiência, iria por um lado e os outros homens pelo outro, até nos encontrarmos no ponto de partida, duas horas depois.
Andei bastante tempo sem encontrar vestígio de água. Decidi voltar para ver se os marinheiros tinham tido melhor sorte. Quase próximo ao lugar combinado, olhei para o mar e vi meus companheiros no bote, afastando-se rapidamente da praia em direção ao navio.
Eles haviam me esquecido em terra! Comecei a chamá-los:
– Esperem! Estou aqui!
Porém, meu último grito ficou preso na garganta e meu olhar fixo na figura de um homem de mais ou menos 20 metros de altura, que ia no encalço do bote e do Aventura.
A enorme criatura encontrava alguma dificuldade para andar no mar: os recifes, com certeza, machucavam seus
pés. Apavorado com aquilo, meu único pensamento foi sumir dali o mais rápido possível. Dei meia-volta e saí em disparada pelo mesmo caminho que acabara de percorrer. Subi pela encosta de uma colina e, à medida que corria, fui notando que o tamanho das plantas era muito estranho: o capim tinha pelo menos seis metros de altura e os pés de milho, uns 12 metros.
Por mais de uma hora, andei por uma estrada que cortava o milharal, até que não consegui ir mais adiante: entre o campo de milho e a outra plantação, havia uma cerca intransponível. E a escada de acesso – pois havia uma diferença de nível – possuía quatro degraus de pedra, cada um mais alto do que eu, mesmo com os braços esticados.
Fiquei ali parado, sem saber o que fazer. De repente, um habitante do lugar veio em minha direção. Parecia uma torre ambulante. O terror paralisou-me por alguns minutos.
[...]