Releia o poema de Camões prestando atenção para as referências que o poeta faz ao sujeito Amor:
Busque Amor novas artes, novo engenho,
Para matar-me, e novas esquivanças;
Que não pode tirar-me as esperanças,
Que mal me tirará o que eu não tenho.
Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
Andando em bravo mar, perdido o lenho.
Mas, conquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê.
Que dias há que n'alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como, e dói não sei porquê.
As referências ao Amor no texto caracterizam-no antropomorficamente como um ser:
a.
Terno e doce, porque traz sempre esperança.
b.
Inofensivo, porque não pode tirar as esperanças do poeta.
c.
Intransigente, porque matou o poeta.
d.
Manhoso, porque maquina engenhos contra o sujeito poético.
e.
Ignorado, porque o poeta não sabe quem ou o quê é nem de onde vem.
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D. Manhoso, porque maquina engenhos contra o sujeito poético
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