Relatório sobre criminologia feminina
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Resposta: Anexo da Tabela 1
Explicação:
Tradicionalmente, a figura feminina ocupou pouquíssimo espaço nas discussões acerca da criminalidade e encarceramento. De fato, no Brasil, o número de mulheres envolvidas em crimes, comparando-se ao percentual masculino, é muito baixo, o que levou ao desinteresse de pesquisadores e mesmo do Poder Público pelo fenômeno.
As mulheres, culturalmente, sempre foram vistas como sujeitos passivos e
dóceis, e seu envolvimento em crimes, principalmente naqueles executados com violência, sempre foi pouco expressivo.
No entanto, após a década de 70, e em especial a partir dos anos 90 do século XX, o número de mulheres condenadas como autoras ou co-autoras de delitos subiu consideravelmente, o que passou a despertar maior atenção sobre as possíveis causas deste fenômeno.
O que chama a atenção não é somente o aumento quantitativo do número de crimes praticados por mulheres. Como se verá nos capítulos seguintes, houve também uma alteração qualitativa desses delitos, passando as mulheres a
integrarem o rol de autoras de crimes violentos de forma mais expressiva. O crescimento das atividades ilícitas ligadas ao tráfico de drogas também atingiu as mulheres, representando a maioria dos casos de condenação feminina.
Dados do Departamento Penitenciário Nacional – DEPEN, colhidos de 2000 a 2006, permitem calcular a taxa de aumento da população carcerária feminina, em todo o território nacional. Naquele período, o encarceramento feminino subiu 135,37%, enquanto que o masculino cresceu 53,36%. O crescimento total foi de 60,43% (TABELA 1).
Como se vê na tabela a seguir, o número de mulheres quase triplicou no
período, ensejando a elaboração de estudos que buscam identificar as causas deste fenômeno.
TABELA 1 : em anexo
Com este trabalho, buscamos apresentar um histórico da criminalidade feminina, ressaltando o grande número de mulheres atualmente encarceradas pela prática de crimes, principalmente aqueles relacionados ao tráfico de drogas. Além disso, analisamos o perfil destas mulheres e os fatores mais apontados por elas como causas da inserção na criminalidade. Por fim, apresentamos um panorama sobre a vida carcerária das condenadas.
Em muitos pontos do trabalho, o estudo sobre a criminalidade feminina confunde-se com a análise da inserção das mulheres em atividades relacionadas ao tráfico de drogas, uma vez que, no Brasil este tem sido o principal motivo de condenação entre as mulheres nos últimos anos. Além disso, a opção pelo tráfico de drogas ilustra a mudança do panorama da criminalidade feminina, que antes concentrava-se na prática de crimes menos graves, praticados sem violência.