História, perguntado por cleobshellen, 1 ano atrás

relatorio do filme selma e malcoln x

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Respondido por Usuário anônimo
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Selma

Falar de preconceito talvez seja a coisa mais difícil de analisar. Só de pensar o porquê ele existe, porque do ódio com negros, judeus, gays e etc. É um estudo social que a diretora Ava DuVernay deixa de lado em “Selma”. Mas ao mesmo tempo em que deixou de lado, salvou de ser um filme de estudo de comportamento e se focou nos fatos da época e também em Martin Luther King, já que a história é dele.

O filme conta os fatos reais da marcha pelos direitos civis no estado do Alabama, onde o voto era legal para pessoas negras, mas o governo local não permitia. Assim, a luta começa. Mas é claro que é muito mais que isso. O interessante do filme é como a diretora escolheu os caminhos certos para falar de todos esses conceitos. Todos conhecem Martin Luther King, e seu valor na história mundial, mas não o homem por trás disso. O jeito que vemos o filme me lembrou também “Milk” do Gus Van Sant, principalmente nas abordagens das lutas e também como ele planejava, ou melhor, sistematizava os protestos, sendo uma coisa mais com viés políticos do que motivacionais. Não querendo dizer que tanto o Dr.King como o Harvey Milk sejam frios e racionais, mas visto que agir por impulso como o próprio “Selma” mostra não é uma das melhores escolhas.
Voltando para a parte técnica do filme, a produção é incrível e Ava DuVernay o dirige espetacularmente. A direção de fotografia do Bradford Young que fez um excelente trabalho em “O Ano Mais Violento” e “Amor fora da Lei” é notável e também de uma sutileza invejável com a comparação dos outros filmes concorrentes ao Oscar esse ano. Sem falar na edição que é uma das coisas mais primorosas, quem assistiu ao filme e se apaixonou pela cena em que eles vão caminhar na primeira marcha para a cidade de Montgomery, fica maravilhado com aquela edição, por mais grotesco que seja a cena dos policiais batendo nos manifestantes, artisticamente é muito bela. O que mais chama atenção também é atuação de David Oyelowo que faz o Dr. King, injustamente ele não foi indicado. O elenco todo se destaca, e é incrível também todo o apuro da direção de arte completa e também da um norte ao filme. Principalmente em algumas questões jogadas como a própria crença dos personagens, a confiança do governo sobre os cidadãos americanos e também ele consegue colocar outra questão sobre a liberdade, até onde somos livres de verdade?
Ava DuVernay também conseguiu deixar o filme com um tom filosófico, apesar do tom violento que ele possui, é incrível como uma obra que podemos comparar com “O Nascimento de uma Nação” do D.W Griffith. Claro em termos de sociedade da época e pensamentos, e vemos que não mudou tanto. Apesar da liberdade que “Selma” apresenta o racismo e os conceitos de colocar um negro no poder, é muito marcante diferente da época em que as duas produções foram realizadas.
Apesar de eu achar que a diretora poderia sim tocar em assuntos mais graves como alienação da população e o papel do governo, como um órgão regulador, e depois fazer uma reflexo com os dias de hoje. Séria uma coisa muito interessante e abriria espaço tanto para analisar os efeitos de Martin Luther King para a nossa época e também as marchas pelos direitos civis, se tiveram um resultado tão grande como pensávamos. Mas não sendo americano, não posso afirmar, mas será que apesar de ter um presidente negro a sociedade aceitou a presença de pessoas diferentes e vários recintos? Mas o efeito que “Selma” fez é perfeita, e mais do que nunca devemos tocar novamente nessa ferida e analisar nosso comportamento com várias pessoas independente de raça, credo ou opção sexual.
Mas se o “Nascimento de uma Nação” fez seguir o renascimento da “Klan”. O filme mostra como o pacifismo, a serenidade e também como Martin Luther King é uma pessoa que inspira as piores pessoas a fazer o seu melhor ao próximo.  Mas outro fato que “Selma” carrega é que  se cada um juntar o que tirou do filme podemos ver que nada pode impedir nossa marcha pessoal a um futuro melhor, ou nas palavras de King “Eu tenho um sonho”. 

Malcolm X

Retrata a vida do famoso líder afro-americano (Denzel Washington) que teve o pai, um pastor, assassinado pela Klu Klux Klan e sua mãe internada por insanidade. Ele foi um malandro de rua e enquanto esteve preso descobriu o islamismo. Malcolm faz sua conversão religiosa como um discípulo messiânico de Elijah Mohammed (Al Freeman Jr.). Ele se torna um fervoroso orador do movimento e se casa com Betty Shabazz (Angela Bassett). Malcolm X ora uma doutrina de ódio contra o homem branco até que, anos mais tarde, quando fez uma peregrinação à Meca abranda suas convicções. Foi nesta época que se converteu ao original islamismo e se tornou um "Sunni Muslim", mudando o nome para El-Hajj Malik Al-Shabazz, mas o esforço de quebrar o rígido dogma da Nação Islã teve trágicos resultados.
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