Ed. Moral, perguntado por evbnvbdufjfnb, 4 meses atrás

relatório do documentário "O dia que durou 21 anos".​

Soluções para a tarefa

Respondido por lealc3677
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Resposta:

O documentário explora o papel que os Estados Unidos tiveram no golpe de 1964 e no regime militar que se estendeu por 21 anos, até 1985. Investiga o papel de seu principal interlocutor, o embaixador Lincoln Gordon, gerenciando 1,2 mil funcionários e um polpudo orçamento destinado a financiar estudos (por meio do IPES – Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais – e do IBAD – Instituto Brasileiro de Ação Democrática) e disseminar propaganda para desestabilizar o governo do presidente João Goulart. A ditadura dos militares também contou com o apoio de grandes grupos privados, representados no Brasil pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, que apoiaram integralmente cada movimento do regime. Da narrativa surgem, além de áudios originais, também documentos confidenciais que comprovam a omissão do governo norte-americano em relação às prisões, torturas, desaparecimentos e mortes praticados em nome da manutenção do regime.

Respondido por lotufomariaclar
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“O dia que durou 21 anos” é um filme brasileiro em estilo de documentário, que retrata não só a Ditadura Civil-Militar no Brasil, mas, principalmente, um dos fatores que mais contribuiu para que houvesse o golpe: a intensa participação do governo da grande potência mundial – os Estados Unidos da América.”

Vencedor de diversos prêmios, nacionais e internacionais, o filme relata como o envolvimento de grandes figuras americanas, como os presidentes Kennedy e Lyndon Johnson, e o embaixador dos EUA no Brasil, Lincoln Gordon, orquestraram seu plano de tirar do poder o então presidente João Goulart, sob a premissa de que o governo de Goulart estaria levando o país ao comunismo, algo que os EUA não permitiria jamais devido aos seus interesses econômicos no Brasil.

Através de documentos secretos da CIA e áudios originais da Casa Branca, além de entrevistas com pessoas direta ou indiretamente envolvidas na política do período, somos apresentados ao pano de fundo de um golpe que acabou se estendendo por 21 anos, que violou os direitos civis e instalou a ditadura em nome da “Liberdade” e da defesa da “Democracia”.

O filme conta com uma linguagem cinematográfica incomum para o gênero. A estética das imagens computadorizadas misturadas com fotos e vídeos históricos, além da trilha sonora de suspense que se destaca nos momentos certos, faz com que o espectador, por vezes, tenha a sensação até de estar vendo um filme de ficção.

Além disso, um dos pontos fortes do longa-metragem é o respeito com que o cineasta mostra os dois lados da história, tanto no sentido de entrevistar brasileiros e americanos, quanto no de mostrar também personalidades históricas que defenderam, e defendem até hoje, o golpe militar, fazendo assim um ótimo trabalho jornalístico.

“O dia que durou 21 anos” é, sem dúvida, uma obra que deve ser vista por todos, não apenas por nos lembrar os horrores de que é capaz um governo extremista, mas também para nos conscientizarmos da manipulação que a união entre grandes governos, a elite e a mídia podem ter sobre as massas e o seu futuro.
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