Biologia, perguntado por adriguesesmaria, 1 ano atrás

relate como aconteceu a convivencia dos ser humano com os anfibios e onde eles sao uteis para nos

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Respondido por oulorivallan
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Muitas civilizações antigas veneravam os sapos. Para os egípcios, a criação do homem e dos deuses era atribuída à deusa Heket, personificada por uma mulher com cabeça de sapo, e seu marido Khnumu, representado por um homem com cabeça de cabrito. Os egípcios tinham grande respeito pelos sapos, considerados como futuros bebês. O símbolo hieroglífico da deusa Heket era uma rã e o número 100.000 era representado por um girino, possivelmente devido à grande quantidade no período de procriação das rãs. Para agradecer à deusa Heket pelos favores prestados, as mulheres egípcias usavam um amuleto na forma estilizada de uma rã.

Já chineses e indianos acreditavam que o mundo apoiava-se nas costas de um sapo gigante e que os terremotos ocorriam devido à movimentação desse sapo. Outra crença era de que os eclipses ocorriam porque um sapo engolia a Lua. Na China, as rãs protagonizam muitas lendas. Nessa cultura essas criaturas sempre foram tema obrigatório na pintura e nas artes cerâmicas, estilizadas em vasos, potes e peças entalhadas.

Na América Central, a civilização Maia considerava o coaxar das rãs como uma manifestação do deus Chac para anunciar a chuva que fazia brotar o verde nas planícies secas. Por meio dessa associação com a água, as rãs eram relacionadas não somente com o crescimento das plantas, mas também com a fertilidade e com o nascimento. Girinos e rãs adultas faziam parte da decoração de potes, roupas e ornamentos dos Maias. Efígies de pedra ou de barro, na forma de rãs estilizadas, eram sepultadas com os mortos. Por fim, os índios brasileiros consideravam os anfíbios como guardiões das águas , orém, nem sempre as rãs tiveram tanta sorte. Na Idade Média, rãs e sapos ganharam um papel sinistro na Europa, onde eram associadas, geralmente, à manifestações do mal e bruxarias. Todo esse horror aos anfíbios deve-se ao fato de os sapos serem uma paródia de nós mesmos, dadas as similaridades das formas de nossos corpos.

Infelizmente, a sociedade moderna herdou essa péssima impressão dos europeus medievais, o que faz com que não seja dada a devida atenção aos anfíbios, elementos-chave para o equilíbrio do riquíssimo ecossistema de nossas florestas tropicais, onde, ao contrário da Europa, é fabulosa a diversidade de espécies.

A biologia moderna nasceu na Europa, mais precisamente na Alemanha, e classificou os répteis e anfíbios como sendo animais inferiores às aves e aos mamíferos pelo fato de terem sangue frio, termo, aliás, criado por eles.

No entanto, nota-se que o fato de possuírem sangue frio é até vantajoso para um ser vivo. Os animais de sangue frio utilizam diretamente a energia solar para regular sua temperatura, não necessitando de grande quantidade de alimentos. Já os animais de sangue quente necessitam de uma quantidade enorme de alimentos para gerar a energia interna utilizada na regulação da temperatura corporal.

Atualmente, não se empregam mais os termos sangue frio e sangue quente. Os animais que regulam internamente a temperatura (aves e mamíferos) são denominados ENDOTÉRMICOS e os que regulam a temperatura de acordo com as condições do ambiente (répteis e anfíbios), são denominados EXOTÉRMICOS.

2.2 Benefícios dos anfíbios para o homem

Os sapos, rãs e pererecas são animais de extrema importância para o equilíbrio da natureza: eles controlam a população de insetos e de outros animais invertebrados e servem de comida para muitas espécies de répteis, aves e mamíferos.

Se não fossem os anfíbios, o mundo teria tantos insetos (pernilongos, moscas, etc.) que a espécie humana já teria deixado de existir há muito tempo, pois não seria possível controlar doenças como dengue, febre amarela e malária, que são transmitidas por picadas de insetos. Sem os anfíbios, a quantidade de pragas nas plantações de banana e outras lavouras seria tão grande que não haveria veneno suficiente no mundo para combatê-las e todos morreriam de fome ou envenenados em poucas semanas.

Os sapos, rãs e pererecas devem ser numerosos para controlar a quantidade de insetos. Poluição, agrotóxicos, desmatamento e destruição de banhados para formação de lagoas para criação de peixes têm reduzido a quantidade de anfíbios e, em certas regiões, eles já foram extintos. Se for determinado o peso de todos os bichos existentes numa área ainda não destruída pelo homem, verificaria-se que os anfíbios pesam mais do que os répteis, aves e mamíferos que ali vivem, ou seja, a biomassa dos anfíbios é maior que a de outro grupo de animais. Por constatações como estas, conclui-se que o extermínio dessas criaturas traz conseqüências graves para a natureza, afetando os humanos de forma direta.

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