Relacione o conceito de Diáspora com a o povo hebreu.
Soluções para a tarefa
Resposta:
A diáspora judaica é prevista na Bíblia e define a busca do povo pela terra prometida. O Egito e a Babilônia foram os destinos dos judeus nos dois principais movimentos de diáspora a partir do século 6 a.C.. Embora tenham sido escravizados, o movimento permitiu a troca de informações culturais, linguísticas e religiosas, reforçando a identidade dos povos.
Disputas
A dispersão do povo judeu decorre de confrontos com outros povos e disputas por territórios. A primeira dessas migrações é registrada no ano 586 a.C., quando o imperador da Babilônia Nabucodonosor II destrói o templo de Jerusalém e deporta os judeus para a Mesopotâmia.
Os judeus estavam na região desde 722 a.C. após a destruição do reino de Israel pelos Assírios, que escravizaram as dez tribos de Israel. Pelo menos 40 mil pessoas foram deportadas para a Babilônia. A comunidade permaneceu na região até o início do século XX, quando os judeus emigraram do Iraque.
Escrituras Sagradas
Embora no exílio, o povo judeu manteve a tradição de disseminação das escrituras por meio dos centros de estudos judaicos. Assim, acabaram por se espalhar pelo mundo. Há registros de comunidades que saíram da Grã-Bretanha para a China, da Dinamarca para a Etiópia, Rússia, África Central e Turquia.
A segunda diáspora é registrada 70 a.C., quando os romanos destruíram Jerusalém e os judeus partiram para a Ásia, África e Europa. Os judeus estabelecidos no Leste Europeu são chamados de Ashkenazi e os da Península Ibérica de Sefarditas.
Sionismo
Sião é o nome do monte onde estava localizado o templo de Jerusalém. Após a 2ª Guerra Mundial, 1945, lideranças políticas e religiosas judias voltaram a discutir o movimento classificado como sionismo, que significa o retorno do povo judeu para a Terra de Israel.
O retorno foi impulsionado pelo massacre do povo judeu, ao menos 6 milhões foram assassinados durante da 2ª Guerra Mundial. Com a criação do Estado de Israel, em 1948, termina a diáspora de quase 2 mil anos para o povo judeu.
Os Judeus e o Brasil
A migração para a Península Ibérica começou na conquista de Israel por Nabucodonosor II, mas a comunidade cresceu entre os séculos II e I a.C. e foi reforçada com a ordem do imperador Tito de destruir Jerusalém e expulsar os judeus.
Estabelecidos na Península Ibérica, foram, contudo, expulsos da Espanha a partir de 1492, por determinação do Rei Fernão de Magalhães em consonância com a Inquisição. Ao menos 120 mil judeus fugiram da Espanha em direção a Portugal.
Também por influência da Inquisição, o rei Dom Manuel I obrigou os judeus a professarem o catolicismo. Ao menos 190 mil judeus foram obrigados à conversão e passaram a ser denominados cristãos novos. Eram novos também seus nomes e os judeus passaram a sofrer as atrocidades patrocinadas pela Inquisição, com morte na fogueira e infanticídio.
O descobrimento do Brasil, em 1500, significou uma nova possibilidade de migração. Não demoraram as determinações da Inquisição para a perseguição dos judeus.
Nacionalidade Portuguesa
Em 2013, o parlamento de Portugal aprovou a atribuição de nacionalidade portuguesa aos descendentes de judeus sefarditas expulsos do país a partir do século XV. O objetivo da legislação foi atribuir a nacionalidade portuguesa aos que demonstrarem a origem e ligação com Portugal.
VEJA TAMBÉM
Hebreus
Judaísmo
Adolf Hitler
Antissemitismo
As Grandes Navegações
LEITURA RECOMENDADA
Grécia Antiga
Roma Antiga
Império Romano
Egito Antigo
Período Helenístico - Helenismo
Polis Grega
TÓPICOS RELACIONADOS
História
Sociologia
História Antiga