relacione esse conceito com a visão ultrarromântica presente em Álvares de Azeved...De tanta inspiração e tanta vida
Que os nervos convulsivos inflamava
E ardia sem conforto....
O que resta? uma sombra esvaecida,
Um triste que sem mãe agonizava...
Resta um poeta morto!
Soluções para a tarefa
Resposta:
O Romantismo é o movimento literário que domina a Europa e, por extensão de influências, o Brasil, durante o final do século XVIII e por boa parte do século XIX.Por questões teóricas, consideramos que o Romantismo começa no Brasil em 1836 (com a publicação de Suspiros poéticos e saudade, de Gonçalves de Magalhães) e termina em 1881 (com a publicação de Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis).O Romantismo proclama a liberdade de criação e de expressão. Trata-se, portanto de um momento histórico-artístico-cultural que dialoga com o nosso presente.
No texto a seguir, sublinhe os trechos que respondem à pergunta: Por que os textos literários do século XIX são tão cheios de descrições?
Observe que a superestrutura descritiva tem muitas funções na vida social.
Quando um jovem comenta com outro que ficou com fulana ou sicrana, usualmente ele faz uma descrição dessa pessoa. Aquilo que selecionamos do outro para contar revela, em parte, os valores que temos. Mantenha isso em mente ao ler o seguinte bate-papo da internet:
Explicação:
Álvares de Azevedo)
– Por que empalideces Solfieri? – A vida é assim. Tu o sabes como eu o sei. O que é o homem? É a escuma que ferve hoje na torrente e amanhã desmaia, alguma coisa de louco e movediço como a vaga, de fatal como o sepulcro! O que é a existência? Na mocidade é o caleidoscópio das ilusões, vive-se então da seiva do futuro. Depois envelhecemos: quando chegamos aos trinta anos e o suor das agonias nos grisalhou os cabelos antes do tempo e murcharam, como nossas faces, as nossas esperanças, Alvares-de-Azevedooscilamos entre o passado visionário e este amanhã do velho, gelado e ermo – despido como um cadáver que se banha antes de dar à sepultura! Miséria! Loucura!
– Muito bem! Miséria e loucura! – interrompeu uma voz.
O homem que falara era um velho. A fronte se lhe descalvara, e longas e fundas rugas a sulcavam: eram as ondas que o vento da velhice lhe cavara no mar da vida… Sob espessas sobrancelhas grisalhas lampejavam-lhe olhos pardos e um espesso bigode lhe cobria parte dos lábios. Trazia um gibão negro e roto e um manto desbotado, da mesma cor, lhe caía dos ombros.
– Quem és, velho? – perguntou o narrador.
– Passava lá fora, a chuva caía a cântaros, a tempestade era medonha, entrei. Boa noite, senhores! Se houver mais uma taça na vossa mesa, enchei-a até às bordas e beberei convosco.
– Quem és?
– Quem sou? Na verdade fora difícil dizê-lo: corri muito mundo, a cada instante mudando de nome e de vida. (…) – Quem eu sou? Fui um poeta aos vinte anos, um libertino aos trinta – sou um vagabundo sem pátria e sem crenças aos quarenta.
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Observe que, em um primeiro momento, o texto afirma que um homem é velho aos 30 anos. O que pensar, então, dessa personagem que diz ter 40? E o que dizer de hoje, quando a indústria cosmética e da beleza mudou a maneira de ver a velhice? O conceito de velho muda com o passar do tempo?
2. Ao ler o texto a seguir, pense no que Álvares de Azevedo entende como poeta e responda: De acordo com o texto, o que é ser poeta?
[...]
Há uma crise nos séculos como nos homens. É quando a poesia cegou deslumbrada de fitar-se no misticismo, e caiu do céu sentindo exaustas as suas asas de ouro.
O poeta acorda na terra. Demais, o poeta é homem, Homo sum, como dizia o célebre Romano. Vê, ouve, sente e, o que é mais, sonha de noite as belas visões palpáveis deacordado. Tem nervos, tem fibra e tem artérias – isto é, antes e depois de ser um ente idealista, é um ente que tem corpo.