Relacionado à nova geografia agrária alguns autores explicam a tese como produção escravista colonial e feudalismo brasileiro, pois ambas além de serem muito semelhantes ao afirmarem que as formas de trabalho mobilizadas para produzir mercadorias nos trópicos, continham uma dada expectativa de realização de mais-valia. No entanto as duas teses cometem um erro comum quando?
Escolha uma opção:
a. Nenhuma das teses observou o processo de modernização do campo atrelado ao capital estrangeiro na época do Brasil-colônia.
b. Não vinculam o processo de produção agrícola brasileira ao processo de acumulação capitalista estadunidense.
c. Ambas não observaram o essencial na produção agrícola em terras brasileiras, a vinculação ao processo de acumulação capitalista na Europa.
d. Todas as alternativas estão corretas, pois ao analisarmos as mesmas nota-se que cada uma delas apresentam os pontos e erros comuns.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Ambas não observaram o essencial na produção agrícola em terras brasileiras, a vinculação ao processo de acumulação capitalista na Europa.
Explicação:
Com base no livro; LICENCIATURA EM Geografia Geografia
GEOGRAFIA ECONÔMICA ll
Já foi mencionado no início desta Unidade que o campo
brasileiro nasce moderno e vinculado às demandas do mercado mundial
(mercantilismo europeu), e que o precoce cercamento dos campos
(propriedade privada) está na raiz do esvaziamento demográfico do meio
rural.
Muito já foi discutido se havia relações sociais feudais ou modo
de produção escravista no Brasil colonial-imperial. Na obra O Povo
Brasileiro, Darcy Ribeiro (1995) destaca que não existe luta de classes
na história dos trópicos, e que esta é uma situação social válida apenas
para o contexto europeu. Jacob Gorender também defende que havia um
modo de produção escravista colonial.
Ora, se o pagamento de juros já estava contido na produção
canavieira, e depois cafeeira, colonial-imperial (a compra de escravos era
viabilizada por financiamentos de investidores europeus), a questão do
assalariamento é menor para determinar se estávamos diante de relações
capitalistas no campo brasileiro naquele período histórico. O escravo
brasileiro era tão-somente um investimento em capital fixo para o senhor
de terra, e isto não tem nada a ver com modo de produção escravista, é
capitalismo puro. (FIGUEIRA & MENDES, 1977).
O produto da monopolização das terras por uma reduzida elite
econômica foi a precoce geração de miséria no campo brasileiro; afinal, a
população rural não tinha outra opção senão produzir mercadorias para
os proprietários de terras, vivendo de favor em ranchos no interior do
latifúndio (daí essas relações serem confundidas com feudalismo).