relação entre a medicina e a igreja ao longo da idade média
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A medicina medieval cresceu ligada à Igreja, sendo fortemente influenciada pelas convicções religiosas. Os religiosos assumiram o controle da arte de curar através de medicamentos e deixaram para os barbeiros, que já lidavam com a navalha, a arte de drenar abcessos e retirar pequenas imperfeições da pele.
No século VI, em Monte Cassino (entre Roma e Nápoles), um nobre italiano chamado Benedito de Nursia fundou uma comunidade monástica denominada Ordem Beneditina. Seus membros faziam votos de pobreza, castidade e obediência, aperfeiçoaram o ofício da caligrafia e do iluminismo, e transcreveram textos gregos e latinos remanescentes. Em Monte Cassino, como em toda a Europa, o primeiro médico medieval foi um padre ligado a alguma ordem religiosa.
No século VI, em Monte Cassino (entre Roma e Nápoles), um nobre italiano chamado Benedito de Nursia fundou uma comunidade monástica denominada Ordem Beneditina. Seus membros faziam votos de pobreza, castidade e obediência, aperfeiçoaram o ofício da caligrafia e do iluminismo, e transcreveram textos gregos e latinos remanescentes. Em Monte Cassino, como em toda a Europa, o primeiro médico medieval foi um padre ligado a alguma ordem religiosa.
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Na Idade Média, as cirurgias eram procedimentos grosseiros,
que exigiam 1. dos pacientes, a capacidade de
suportar a extrema dor; 2. dos "médicos" a capacidade
de praticar a crueldade.
Os doutores tinham pouco entendimento da anatomia humana e
menos ainda sabiam sobre técnicas de anestesia e assepsia.
Muitas vezes, as infecções eram mais mortais que a doença
original.Para aliviar a dor, os pacientes eram submetidos a
mais sofrimentos.
[Hoje tudo mudou!? Os pacientes continuam sofrendo, sim,
para aliviar a dor, mas trata-se de um sofrimento
civilizado, envernizado: sofre com o difícil acesso aos
recursos médicos, dormindo e morrendo nas sarjetas, nas
filas da previdência; e sofre, também, com a peregrinação
aos consultórios de especialistas que se especializam tanto
que nada reconhecem e nada vêem fora de sua especialidade e,
depois de passar os olhos 15 segundos pelas folhas
diagrâmicas e tabeladas dos laboratórios, emitem pareceres
duvidosos, receitam substâncias caríssimas para, não raro,
concluir, que houve "erro de diagnóstico". Além disso,
embora as técnicas contemporâneas sejam bem mais delicadas
que as medievais, continua sendo um suplício ser amassado
por prensas e invadido por sondas que são enfiadas nas
cavidades mais melindrosas.]
Durante muito tempo os médicos medievais eram,
principalmente, monges que tinham acesso à melhor literatura
médica da época. Entre os autores mais prestigiados, estavam
os estudiosos árabes. Em 1215, o Papa proibiu os monges de
praticar cirurgias.
Os religiosos, então, passaram a instruir fiéis, simplórios
camponeses, para que eles mesmos pudessem operar.
Fazendeiros que somente tinham experiência em castrar
animais começaram a ser requisitados para todo tipo de
intervenção: desde a extração de um dente até uma operação
de catarata.
Apesar da cena macabra, havia um certo número de casos bem
sucedidos. Na Inglaterra, arqueólogos encontraram o crânio
de um homem dos anos 1.100 [século 12]. Havia uma lesão
feita com objeto perfurante; um buraco na cabeça. O homem
tinha sido submetido a uma trepanação, que serve para
aliviar a pressão sanguínea no cérebro. Análises mostraram
que ele sobreviveu ao procedimento.
Dwala, a Belladonna: Anestésico Letal
Pelas condições, tão precárias, na Idade Média as cirurgias
somente eram realizadas em última instância, caso de vida ou
morte. Sobre anestésicos, algumas das fórmulas usadas para
aliviar a dor e/ou provocar induzir ao sono, eram
potencialmente letais.
Como esta, que utilizava os seguintes ingredientes: suco de
alface, fel [bílis] de um javali castrado, vinho de de
Briônia [colubrina - trepadeira que dá pequenos frutos
macios e lisos; a planta é toda venenosa até a raiz], ópio,
Meimendro negro [Hyoscyamus
niger], que é extremamente tóxica,
cicuta-verdadeira [Conium maculatum] ─ analgésica e
vinagre. Tudo isso, misturado com vinho, compunha a
beberagem de má cara que o paciente tinha de beber sem saber
se ia acordar do "nocaute" [do desfalecimento].
Para o inglês medieval, a palavra belladonna [dwale
─ pronunciada dwaluh] servia como sinônimo para
indicar qualquer poção anestésica. O meimendro negro,
sozinho, é suficiente para matar. A intenção era fazer o
paciente dormir profundamente permitindo, desse modo, a
realização da cirurgia. Porém, a fórmula podia desandar e
provocar a suspensão da respiração [do paciente, claro].Encantamentos: Rituais Pagãos & Penitências ReligiosasEssa medicina primitiva era uma combinação de saberes
pagãos, crenças religiosas e uma pequena porção de ciência.
Com a Europa ocidental sob total controle da Igreja
Católica, os rituais pagãos era criminalizados, sujeitos a
punições. Uma destas práticas proibidas era uma simples
superstição:
Quando o [o curandeiro] se aproxima da
casa da pessoa doente, se [ele, ela, curandeiro]
encontra uma pedra na vizinhanças, voltará, examinará a
pedra e se alguma coisa viva for encontrada ali, debaixo
da pedra ou escondida em suas reentrâncias, seja um
verme ou um inseto, isso significa que o doente vai se
recuperar. [The Corrector &
Physician]
Um tratamento padrão para vítimas da peste negra, a peste
bubônica que assolou as nações européias, era a confissão
dos pecados e o cumprimento da penitência prescrita pelo
padre, que explicava que com este procedimento talvez o
cristão escapasse da morte.
Paracelso, médico suíço medieval, foi o primeiro a usar éter
para anestesiar. Mas o éter não foi bem aceito pelos
conservadores e seu uso caiu em declínio. O éter somente foi
redescoberto na América do Norte, 300 anos depois. Paracelso
também usava o láudano e a tintura de ópio como analgésicos.
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