Português, perguntado por GehRosa, 9 meses atrás

Reflita sobre oq está acontecendo na Amazônia, se não sabe pesquise.
Vc deverá criar um poema sobre a amazônia.
Obs: não pegue nada da internet.



{me ajudem por favor}​

Soluções para a tarefa

Respondido por mariaclaramagnoli184
1

Resposta:

Na terra em que eu nasci, desliza um rio

ingente, caudaloso,

porém triste e sombrio;

como noite sem astros, tenebroso;

oual negra serpe, sonolento e frio.

Parece um mar de tinta, escuro e feio:

nunca um raio de sol, vitorioso

penetrou-lhe no seio;

no seio, em cuja profundeza enorme,

coberta de negror,

habitam monstros legendários, dorme

toda a legião fantástica do horror!

Mas, dum e doutro lado,

nas margens, como o Quadro é diferente!

Sob o dossel daquele céu ridente

dos climas do equador,

há tanta vida, tanta,

ó céus! e há tanto amor!

Desde que no horizonte o sol é nado

até que expira o dia,

é toda a voz da natureza um brado

imenso de alegria;

e voa aquele sussurrar de festas,

vibrante de ventura,

desde o seio profundo das florestas

até as praias que cegam de brancura!

Mas o rio letal,

como estagnado e morto,

arrasta entre o pomposo festival

lentamente, o seu manto perenal

de luto e desconforto!

Passa - e como que a morte tem no seio!

Passa - tão triste e escuro, que disséreis,

vendo-o, que ele das lágrimas estéreis

de Satanás proveio;

ou que ficou, do primitivo dia,

quando ao - "faça-se!" - a luz raiou no espaço,

esquecido, da terra no regaço,

um farrapo do caos que se extinguia!

Para acordá-lo, a onça dá rugidos

Que os bosques ouvem de terror transidos!

Para alegrá-lo, o pássaro levanta

voz com Que a própria penha se quebranta!

Das flores o turíbulo suspenso

manda-lhe eflúvios de perene incenso!

Mas debalde rugis, brutos ferozes!

Mas debalde cantais, formosas aves!

Mas debalde incensais, mimosas flores!

Nem cânticos suaves,

nem mágicos olores,

nem temerosas vozes

o alegrarão jamais!... Para a tristeza

atroz, profunda, imensa, que o devora,

nem todo o rir que alegra a natureza!

nem toda a luz com que se enfeita a aurora!

Ó meu rio natal!

Quanto, oh! Quanto eu pareço-me contigo!

eu que no fundo do meu ser abrigo

uma noite escuríssima e fatal!

Como tu, sob um céu puro e risonho,

entre o riso, o prazer, o gozo e a calma,

passo entregue aos fantasmas do meu sonho,

e às trevas de minha alma!


GehRosa: muito obggg
mariaclaramagnoli184: ndd
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