Referindo-se a Alexis de Tocqueville (1805-1859), o filósofo Gérard Lebrun afirma que “a expressão mundo livre
sem dúvida tem um sentido quando a opomos a mundo totalitário. Mas não nos enganemos: até mesmo nos países ditos livres,
do Ocidente capitalista, a liberdade declina – tanto como realidade jurídica quanto como ideal político. E a visão premonitória
de Tocqueville em 1840 está a caminho de realizar-se lentamente. Assistimos ao advento de um ‘novo despotismo, menos
tirânico que administrativo’”.
(LEBRUN, Gerard. O que é poder. São Paulo: Brasiliense, 2004, p. 36).
Seguindo a linha de argumentação de Lebrun, como podemos relacionar o declínio da liberdade no Ocidente capitalista
com o surgimento de um “novo despotismo”?
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Resposta:
O “novo despotismo” advém da própria lógica do sistema capitalista. Por não produzirem uma igualdade prática e generalizada, muitos países do Ocidente têm favorecido relações despóticas ao impedirem que os cidadãos possam participar ativamente das tomadas de decisão. Assim, enquanto a sociedade é individualista, o poder fica tutelado, e o governo se autoriza a exercer a vontade de uma parcela da sociedade sobre a restante, configurando esse despotismo administrativo.
Explicação:
O novo despotismo é uma forma de governo na qual uma única entidade governa com poder absoluto, deste modo, o poder se estabelece sempre a uma entidade individual, concentrado em um líder, um comitê, um partido, ou uma assembleia.
Através de uma pesquisa sobre sua história chegamos a conclusão que em 1831, Tocqueville foi enviado pelo governo francês para estudar o sistema prisional americano, pelo grande interesse em saber melhor sobre o regime ocidental do país chegou a Nova Iorque em maio de 1831, passando nove meses em viagem pelos Estados Unidos.
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