Redija uma crônica narrativa ou reflexiva sobre a PANDEMIA COVID-19
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Resposta:
A pandemia da COVID-19 pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) tem se apresentado como um dos maiores desafios sanitários em escala global deste século. Na metade do mês de abril, poucos meses depois do início da epidemia na China em fins de 2019, já haviam ,ocorrido mais de 2 milhões de casos e 120 mil mortes no mundo por COVID-19, e estão
previstos ainda muitos casos e óbitos nos próximos meses. No Brasil, até então, tinham sido registrados cerca de 21 mil casos confirmados e 1.200 mortes pela COVID-19. O insuficiente conhecimento científico sobre o novo coronavírus, sua alta velocidade de disseminação e capacidade de provocar mortes em populações vulneráveis, geram incertezas sobre quais seriam as melhores estratégias a serem utilizadas para o enfrentamento da epidemia em diferentes partes do mundo. No Brasil, os desafios são ainda maiores, pouco se sabe sobre as características de transmissão da COVID-19 num contexto de grande desigualdade social, com populações vivendo em condições precárias de habitação e saneamento, sem acesso sistemático à água e em situação de aglomeração. De forma bastante esquemática e simplista, a resposta à pandemia da COVID-19 poderia ser subdivida em quatro fases: contenção, mitigação, supressão e recuperação. A primeira fase, de contenção, inicia antes do registro de casos em um país ou região. Envolve,
principalmente, o rastreamento ativo dos passageiros vindos do exterior e seus contatantes,
visando a evitar ou postergar a transmissão comunitária. Na atual pandemia considera-se
que uma fase de contenção exemplar foi essencial para que o impacto inicial da pandemia
fosse menor em Taiwan, Singapura e Hong Kong, mesmo estando próximos da China. A
experiência prévia com a primeira grande epidemia de síndrome respiratória aguda grave
(SRAG) causada por coronavírus deste século (2003) pode, pelo menos parcialmente, explicar a bem sucedida fase de contenção nesses locais.
A segunda fase, de mitigação, inicia quando a transmissão sustentada da infecção já está
instalada no país. O objetivo aqui é diminuir os níveis de transmissão da doença para os
grupos com maior risco de apresentarem quadros clínicos graves, além, claro, do isolamento dos casos positivos identificados. Essas medidas, denominadas de “isolamento vertical”,
são em geral acompanhadas de algum grau de redução do contato social. Em geral começa
com o cancelamento de grandes eventos, seguido paulatinamente por ações como a suspenA pandemia de COVID-19 no Brasil: crônica de
uma crise sanitária anunciada
são das atividades escolares, proibição de eventos menores, fechamento de teatros, cinemas
e shoppings, recomendações para a redução da circulação de pessoas. É o que se convencionou chamar de “achatar a curva” da epidemia.
Uma fase de supressão pode ser necessária quando as medidas anteriores não conseguem ser efetivas, seja porque sua implementação não pode ser concretizada de forma
adequada e imediata (p.ex.: insuficiência de testes diagnósticos necessários para identificar
indivíduos infectantes logo no início da epidemia) ou porque a redução alcançada na transmissão é insuficiente para impedir o colapso na atenção à saúde. Na fase de supressão são
implantadas medidas mais radicais de distanciamento social, de toda a população. Aqui o
objetivo é adiar ao máximo a explosão do número de casos, por tempo suficiente até que a
situação se estabilize no campo da assistência à saúde, procedimentos de testagem possam
ser ampliados e, eventualmente, alguma nova ferramenta terapêutica ou preventiva eficaz.
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