redação tema livre ( 30 linhas).
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Resposta:
Após a primeira revolução industrial, diversos países europeus tiveram de lidar com conjuntos habitacionais improvisados, formados nas periferias das grandes cidades, sendo que, nesse ambiente, a qualidade de vida era precária. Atualmente, no Brasil, uma parcela da população
vive em condição semelhante à descrita anteriormente, diferenciando-se apenas no viés locacional, pois, esses brasileiros vivem literalmente
nas ruas. Nesse sentido, a exclusão social proporcionada pelo capitalismo de caráter aristocrático, aliado ao rompimento educacional que
tais condições de rua pode gerar ao indivíduo, se revelam como os principais fatores contribuintes para a perpetualidade da problemática.
Em primeira análise, é necessário ressaltar que, a exclusão social é produto do capitalismo relacionado à propriedade privada, pois,
o modelo socioeconômico em questão, tem como característica, a quantidade de bens como fator determinante para a construção de um indi-
víduo social. Dessa forma, obteremos a desigualdade social como produto, e uma vez que, há desigualdade, a distribuição da propriedade priva-
da ficará comprometida, por meio de uma relação de direta proporcionalidade, na medida em que, o indivíduo que possui mais propriedades
tenderá conseguir ainda mais, em contraste com cidadão de menos posse (ou sem posse). Segundo John Locke, o ser humanos é provido de di-
reitos que asseguram sua cidadania social, sendo o direito a propriedade privada, de natureza inata ao homem, logo, à proporção que, existe
desigualdade aristocrática, há também, violação nesse direito imprescindível à vida humana, gerando, dessa forma, a exclusão social dos indiví-
duos que não possuem propriedade privada.
Ademais, quando indivíduo encontra-se desamparado, em decorrência de uma potencial residência que lhe seria proporcionada por suas
condições aristocráticas, passa a viver na rua, gerando ao mesmo, o rompimento com seu laço educacional, podendo ser prejudicial para
a sociedade, além de contribuir para a perpetuação da problemática social. Segundo Immanuel Kant, "o homem é tudo aquilo que a educação
faz dele", logo, quando o indivíduo corrompe-se educacionalmente, o que a sociedade terá como produto, são ações deletérias por parte indi-
víduo, pois, sem educação, ser humano abre mão da coletividade social e busca, de qualquer forma, o que é melhor pra si em detrimento aos de-
mais. Parafraseando Isaac Newton, inércia é capacidade de um objeto se manter imóvel mediante às forças aplicadas em seu corpo, logo, quando
o indivíduo em situação de rua distancia-se de sua educação, a problemática também se manterá estática ou inerte na sociedade brasileira.
Portanto, medidas são necessárias para combater o impasse e sua perpetualidade na sociedade. Nesse sentido, a Secretaria Nacional da Assis-
tência social, deve amparar indivíduos em situação de rua por meio de programas com viés imobiliário (e gratuito), como por exemplo, o projeto
"minha casa, minha vida" - realizado pela caixa em parceria com o governo - afim de que estes indivíduos tenham um lugar seguro e digno para viver
(dessa forma, tirando-os da rua), como também, o Ministério da Educação e Cultura, deve investir , por meio de financiamentos públicos, em
projetos sociais de cunho educacional que tenham a capacidade de atuar nas ruas em prol dos cidadão sem residência, objetivando a sua capa-
citação profissional para o mercado de trabalho, afim de que o mesmo, desenvolva condições financeiras para adquirir uma moradia digna para si,
tornando-se novamente incluso na sociedade.