Redação sobre simbolismo e movimento artístico
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O Simbolismo foi um movimento que se estendeu as artes plásticas, a literatura e ao teatro. Surgido na França no final do século XIX, aproximadamente em 1880, o Simbolismo teve pouco espaço em função do avanço do Modernismo. Opondo-se ao progresso da ciência e das tecnologias e o modo de pensamento mais racional do final do século XIX, o movimento Simbolista buscou o que até então estava em segundo plano, explorou a vida espiritual, o mistério, o subjetivismo, o inexplicável e o individualismo.
Os artistas simbolistas abraçaram uma visão bastante individualista da realidade, em função disso ficaram inicialmente conhecidos por “decadentistas”. Somente com a publicação do manifesto – “O Século XX”, os, então, decadentistas adotaram um nome definitivo - Simbolismo. A partir de então o termo começou a se popularizar e os artistas passaram a ser chamados de Simbolistas.
Os artistas desse movimento não se limitaram aos princípios estéticos que norteavam a arte vigente e enfatizaram que as emoções eram mais importantes que a razão. O artista deveria criar segundo sua percepção, entendimento e imaginação deixando de lado a observação e a descrição do mundo físico.
Entre os seus principais expoentes nas artes plásticas estão: Aubrey Beardsley (1872 – 1898), Arnold Böcklin (1827 – 1901), Puvis de Chavannes (1824 – 1898), Paul Gauguin (1848-1903), James Ensor (1860-1949), Odilon Redon (1840-1916), Gustav Klimt (1962-1918), Gustave Moreu (1826-1898), Edvard Munch (1863-1944) e Henri Rousseau (1844-1910).
Esses artistas queriam representar outra realidade em suas pinturas tentando revelar seu lado obscuro, por isso adotaram algumas características que foram centrais no movimento Simbolista: melancolia, espiritualidade, sexualidade e inquietação. As imagens figuradas nas telas dos simbolistas podiam representar sonhos, pesadelos, desordem, e estados alterados, lembrando o que viria a ser o Surrealismo e o Expressionismo.
Gauguin, um dos principais expoentes do movimento Simbolista, em suas pinturas, evitava fazer misturas de cores, preferindo as cores básicas, bem como formas simplificadas e contornos pretos.
No Brasil, artistas como Eliseu Visconti e Rodolfo Amoedo foram influenciados pelo movimento Simbolista. Um bom exemplo da influência simbolista nos artistas brasileiros é a tela Recompensa de São Sebastião, de Eliseu Visconti. Além disso, esse movimento entusiasmou alguns poetas na área a literatura: Augusto dos Anjos, Cruz e Sousa e Alphonsus de Guimarães.
Um movimento artístico é uma tendência ou estilo em arte com uma filosofia ou objectivo comum, seguido por um grupo de artistas durante um restrito período de tempo (normalmente por alguns meses, anos ou décadas).
Os movimentos artísticos foram especialmente importantes na arte moderna, onde cada movimento consecutivo era considerado como vanguardista.
Os movimentos quase que desapareceram completamente na arte contemporânea, onde prevalecem o individualismo e a diversidade.
Os historiadores de arte, críticos e estudiosos classificam os períodos, estilos ou movimentos artísticos separadamente, para facilitar o entendimento das produções artísticas. Não há coincidência com a linha do tempo histórica, pois a partir de 1848 consideramos o início da Arte Contemporânea e o movimento Pop Art o início da Arte Pós-Moderna.
Apresenta-se a arte por meio da linha do tempo histórica, por considerar ser mais didática.
Considera-se o impressionismo como o primeiro movimento a incorporar a maioria dessas características. No passado, sobretudo desde a constituição da chamada arte autónoma - quando o fazer artístico se desprende da sua função religiosa, seguindo "em direção a formas cada vez mais independentes, como o mecenato secular e finalmente a produção para o mercado" - a História da Arte tratava de períodos, escolas, tendências ou estilos (o período renascentista, a escola flamenga", o gótico" e a tendência romântica, por exemplo).
A constituição de movimentos artísticos ocorre a partir do final do século XIX, com o impressionismo e será a marca da arte moderna da primeira metade do século XX, quando cada movimento era considerado como uma nova vanguarda artística.
Um movimento artístico é caracterizado por ideias comuns, data de criação, local, participantes e, em alguns casos, por um manifesto.