Redação sobre senso comum e senso crítico relacionado a pandemia de Coronavírus
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No século XIX, o Positivismo defendia o uso do método para explicar fenômenos naturais. Influenciado por essa corrente, o escritor Júlio Verne asseverou que “A ciência se compõe de erros que, por sua vez, são os passos até a verdade”. Tal afirmação ganha relevância na contemporaneidade, pois o combate à pandemia do coronavírus requer o protagonismo da comunidade científica frente ao senso comum, o qual pode agravar ainda mais a crise. Logo, governos devem disponibilizar mais recursos para o setor acadêmico e a sociedade civil engajar-se criticamente com essa distopia global.
A priori, acentua-se a pertinência dos chefes de Estado destinarem os recursos, continuamente para as instituições responsáveis por pesquisas como a Organização Mundial de Saúde. Se os governos, especialmente os mais ricos, negligenciarem investimentos para a comunidade científica, suas
populações continuarão vulneráveis às pandemias como a do coronavírus, cenário esse que se repete no Brasil, haja vista os cortes de bolsas para programas de pós-graduação de universidades públicas, as quais trabalham pelo desenvolvimento científico.
Outra opção é que a sociedade civil siga os protocolos de profilaxia, indicados por instituições respaldas pela comunidade científica internacional. Caso contrário, a população pode ser influenciada por informações baseadas no senso comum, a qual oferece alternativas de combate à pandemia sem qualquer comprovação metodológica. Exemplo disso é a indicação do medicamento cloroquina no tratamento da Covid-19, cujos estudos sobre a eficácia do fármaco encontram-se em fase embrionária. Assim, a desinformação social pode colapsar ainda mais o sistema de Saúde.
Destarte, quer fazer que a ciência seja creditada como o principal vetor de combate à pandemia do coronavírus. Posto isso, os governos centrais de cada país devem destinar mais recursos para pesquisas em diversas áreas do saber. Tais investimentos devem vir da taxação de grandes fortunas e do chamado “Imposto do pecado”, o qual incidirá sobre produtos danosos à saúde como bebidas e cigarros. Com uma maior arrecadação nesses segmentos, destinariam mais verbas para estudos capazes de erradicar a Covid-19. Ademais, a sociedade civil deve se pautar em fontes confiáveis e isentas de qualquer interesse, de forma que informações verdadeiras diminuam a curva de crescimento da pandemia. Assim, a ciência deve prevalecer sobre o senso comum, com o fito de que ela possa revelar a verdade como enfatizou Júlio Verne.