Português, perguntado por NahSilva1, 1 ano atrás

Redação sobre o Trabalho Escravo Infantil

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Respondido por santos2001mylle
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O trabalho infantil, isto é, o desempenho de atividades de qualquer natureza por crianças e adolescentes que não tenha fins educativos, foi uma prática muito comum em diversas civilizações ao longo do desenvolvimento da humanidade. Embora atualmente seja uma prática condenada na maioria dos países, ainda faz parte do cotidiano de milhões de crianças no mundo inteiro.♦ Aspectos históricos do Trabalho Infantil

Até a Idade Média, o trabalho infantil, com exceção do trabalho escravo, estava vinculado ao complemento da mão de obra para o sustento familiar, sendo pouco comum o desenvolvimento do trabalho infantil para benefício de terceiros (quando a criança não desfruta do lucro de seu trabalho). No período feudal, as crianças passaram a trabalhar nos feudos, para os senhores feudais, e com os mestres artesãos nas Companhias de Ofício, sendo muito comum, durante esse período, o trabalho infantil em troca do aprendizado de um novo ofício, comida ou moradia.

A exploração do trabalho infantil atingiu seu auge durante a Revolução Industrial. Nas primeiras indústrias implantadas na Inglaterra, França, Alemanha e demais países da Europa, era comum a exploração da mão de obra infantil em razão de seu menor custo em comparação com a mão de obra masculina.Assim, crianças, a partir dos quatro anos de idade, eram submetidas a regimes de trabalho de cerca de 14 horas diárias, em locais insalubres, sem controle de acidentes, em troca de pouco mais do que alimentação e moradia. O início das restrições ao trabalho infantil

Para evitar que essas situações continuassem a acontecer, em 1802, a Inglaterra implantou a primeira lei de controle do trabalho infantil nas indústrias do país. Com o passar do tempo, outros países, como França e Alemanha, também passaram a restringir o trabalho infantil. Entre as principais medidas implantadas, estavam a proibição do trabalho infantil noturno, a redução da carga horária máxima e o fim dos castigos físicos no ambiente fabril.

♦ Consequências do Trabalho Infantil

O conceito de criança tal qual concebemos hoje, como um ser indefeso que precisa de proteção, surgiu após esse período e foi um pressuposto para a constatação de que o trabalho infantil compromete o desenvolvimento da criança e do adolescente. Essa constatação deve-se ao fato de que crianças trabalhadoras são expostas a acidentes, lesões e doenças, que, na maioria das vezes, podem ter efeitos permanentes e irreversíveis em seu organismo, já que, como ainda não atingiram a maturidade biológica, são menos resistentes.

Além disso, o trabalho, muitas vezes, impossibilita o convívio com outras crianças e o desenvolvimento de atividades próprias da idade, como brincar e estudar, comprometendo, assim, o seu desenvolvimento social e educacional. Diversas pesquisas mostram que uma das principais causas da evasão escolar é o ingresso precoce da criança e do adolescente no mercado de trabalho, que, sem qualificação profissional, acabam ingressando no mercado informal ou em serviços pesados que não exigem qualificação. Ao permanecer no mercado de trabalho, poucas crianças e adolescentes regressam para a escola, comprometendo também a sua evolução profissional.

O trabalho infantil afeta ainda o desenvolvimento emocional da criança, que, desde o início da vida, precisa possuir maturidade para o trabalho. O trabalho infantil pode gerar também dificuldades para estabelecer laços afetivos em crianças, jovens ou até mesmo em adultos que ingressaram precocemente no mercado de trabalho em razão das possíveis situações traumáticas a que estiveram expostas ou das consequências de maus-tratos sofridos durante o desenvolvimento dessas atividades, visto que eles ainda são muito comuns entre os “patrões” que infligem a lei e contratam crianças e adolescentes.


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