redação sobre o racismo
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Resposta:
No dia 28 de agosto de 1963, mais de 200 mil negras e negros estadunidenses se reuniram na capital do país, Washington DC, para se manifestar por trabalho, liberdade, por direitos sociais e contra o racismo, naquela que ficou conhecida como "Marcha sobre Washington por Trabalho e Liberdade".
Com a presença massiva da população negra, de líderes civis e políticos, além de grandes nomes da música e do cinema, aquela manifestação ficou marcada pelo discurso do ativista político, pastor e advogado Martin Luther King, que entraria para história como uma das mais icônicas falas do século XX, "Eu tenho um sonho".
Depois de ganhar o Prêmio Nobel da Paz pela luta ao racismo e estar ativo contra a desigualdade racial e contra a Guerra do Vietnã, Luther King foi assassinado em 1968, mas seguiu como inspiração para lideranças pelos direitos civis dos negros em todo o mundo.
Quase 60 anos depois desses acontecimentos, o sonho de Luther King ainda está longe de se tornar realidade. A população negra ainda precisa protestar e dizer que vidas negras importam e continua implorando para respirar e por ajuda em abordagens violentas de seguranças em mercados e policiais nas ruas.
Em 2020, países como o Brasil e os Estados Unidos viram casos violentos continuarem aparecendo e o movimento "Black Lives Matter" (Vidas Negras Importam, em português) tomar as ruas de todo o mundo e protestar contra a brutalidade e violência racial.
É cada vez mais necessário falar sobre racismo e conhecer importantes personagens e suas falas na luta contra a desigualdade racial. Por isso, a Revista Quero separou 15 citações sobre o racismo que, além de entender melhor o tema, podem te ajudar na redação de provas como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Confira:
1. "Eu tenho um sonho que meus quatro pequenos filhos um dia viverão em uma nação onde não serão julgados pela cor da pele, mas pelo conteúdo do seu caráter. Eu tenho um sonho hoje."
Martin Luther King Jr., em seu famoso discurso em Washington DC.
2. "Ninguém nasce odiando outra pessoa por sua cor da pele, sua origem ou sua religião. As pessoas podem aprender a odiar e, se podem aprender a odiar, pode-se ensiná-las a aprender a amar. O amor chega mais naturalmente ao coração humano que o contrário."
Nelson Mandela, vencedor do Nobel da Paz em 1993, líder ativista na luta contra o apartheid na África do Sul, país onde se tornou presidente entre 1994 e 1999.
Explicação:
espero ter ajudado pra me ajudar coloca como a melhor resposta por favor
obrigado!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Resposta:
O racismo é uma chaga social no Brasil. Mesmo após mais de um século de abolição da escravatura, a população negra permanece, na maioria das vezes, à margem dos espaços de prestígio. A relação de exclusão com base na cor da pele está presente nos ambientes de trabalho, nas universidades, nos hábitos cotidianos. Compreender como o racismo opera no tecido social e como é possível superá-lo é, dessa forma, confrontar uma ferida que marca o país.
Última nação ocidental a conceder liberdade aos escravos, com a Lei Áurea, de 1888, o Brasil buscou construir, desde então, uma autoimagem de território de respeito às diferenças e de convívio racial pacífico. A Lei Áurea, no entanto, foi conservadora em seu texto e não contou com qualquer ressarcimento ou política de inclusão para populações que ficaram tanto tempo afastadas da cidadania, do direito ao letramento e da liberdade de ir e vir. O resultado, previsível, foi a perpetuação de uma violência social herdada do passado, mas renovada no presente.
e foi injustificável o descaso a que acabaram relegados milhares de ex-escravizados, foi também persistente a luta deles pela liberdade plena. Uma luta que ecoou em seus descendentes e que hoje se traduz em batalha por representatividade e mais espaços de poder. Conquista bem conhecida dos brasileiros, a política de cotas, por exemplo, vem legando uma mudança na feição das universidades e das repartições públicas – hoje mais heterogêneas.
Os avanços na política de inclusão racial no Brasil, entretanto, ainda continuam pontuais e resultam de pressões da sociedade organizada. O país permanece sem uma política de Estado coordenada, ampla, que ultrapasse governos e esteja presente em diferentes pastas, como o Ministério da Justiça – com políticas mais precisas de ressocialização da população carcerária, em sua maioria negra – e o Ministério da Educação – com ações sistemáticas de conscientização em eventos e materiais didáticos. Só assim, ultrapassando ações pontuais, será possível minimizar de forma mais efetiva o abismo racial que ainda assola o país.