redação sobre o aumento das queimadas na região amazônica
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Meio Ambiente
Amazônia levará séculos para se recuperar das queimadas, afirma bióloga
Pesquisadora brasileira da Universidade de Oxford especialista em degradação de florestas tropicais explica os impactos catastróficos do fogo no ecossistema amazônico
26.8.2019 | AJ OLIVEIRA
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COLUNA DE FUMAÇA VISTA EM FOTO AÉREA (FOTO: WIKIMEDIA COMMONS)
Em meio à comoção nacional e internacional com os incêndios de grandes proporções que se alastraram pelo norte do Brasil, a Amazônia segue ardendo. Autoridades demoram a agir para conter as chamas e, enquanto isso, o maior patrimônio natural dos brasileiros vai sofrendo perdas irreparáveis. Mesmo quando sobrevive ao fogo, a Floresta Amazônica não volta a ser o que era. Cientistas ainda não sabem quanto tempo ela demora para se regenerar.
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Estudos recentes apontam que a recuperação pode levar centenas de anos. Após queimar, a maior floresta tropical do planeta até continua em pé, mas não sem pagar um alto custo. Metade das árvores não resiste às labaredas — 50% de mortalidade é considerada uma taxa muito alta. Árvores gigantes acabam morrendo e cedem lugar a plantas mais novas, menores e de tronco bem mais fino. Com isso, a capacidade de armazenar carbono fica comprometida.
É inimaginável o tanto de CO2 que a floresta armazena. "Se pegar todos os nove países da Amazônia, não só o Brasil, a quantidade de dióxido de carbono é equivalente a 100 anos de emissões de combustíveis fósseis dos Estados Unidos", afirma a bióloga Erika Berenguer em entrevista à GALILEU. "Assim que a área é desmatada e queimada, todo o carbono que estava nos troncos vai direto para a atmosfera, contribuindo para as mudanças climáticas.