Redação sobre Democratização do acesso ao cinema no Brasil. Por favor!
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O filme brasileiro “O Auto da Compadecida”, inicia-se a partir de uma apresentação cinematográfica para a população da pequena cidade onde ocorre a trama, demonstrando, assim, a importância do cinema como elo entre sociedade e cultura. No entanto, na realidade brasileira, a democratização do acesso a ele tem se configurado como problema a ser superado. Nesse sentido, cabe a discussão sobre a influência histórica do processo de ocupação do território brasileiro, bem como da negligência contemporânea do Estado como genitores da referida problemática.
A priori, a segregação socioespacial advinda dos processos de ocupação do território brasileiro, desde o início de sua colonização, configura-se como uma das principais causas do problema, à medida que regiões interioranas apresentam, geralmente, discrepância quanto ao desenvolvimento econômico, favorecendo, portanto, desigualdade da população à bens de consumo. Nesse contexto, dados da ANCINE apontam que regiões brasileiras como a Nordeste e a Norte sofrem com o baixo acesso a conteúdo cinematográfico, ficando evidente, dessa forma, os prejuízos gerados pelo tipo de ocupação territorial neste âmbito de desenvolvimento do país.
Ademais, cabe destacar a necessidade de que direitos, como o acesso à cultura por parte dos cidadãos, sejam resguardados. Nesse sentido, a Constituição Federal de 1988 destaca o lazer e a cultura como direitos sociais a serem ofertados e resguardados. Entretanto, o Estado brasileiro tem sido omisso para com a problemática, ao passo que, segundo dados da ANCINE, a maior parcela de salas de cinema se encontram em grandes centros urbanos. Desse modo, fica evidente que o acesso ao cinema não ocorre de forma equânime, sendo a Constituição, portanto, negligenciada.
Em suma, percebe-se que o quanto que heranças históricas, bem como a omissão do Estado têm contribuído para a falta de democratização do cinema no Brasil. Logo, cabe ao Governo Federal, por meio de um plano de incentivo fiscal, estimular estados e municípios à criação de salas de cinema, sendo destinado 50% valor necessário, transferidos fundo a fundo, mediante comprovação por documentos e fotografias. Assim, os demais entes federativos seriam estimulados à superação do problema, bem como formas de tornar o acesso equânime em todo o país incentivadas, tornando a ficção da obra de Ariano Suassuna, uma realidade a todo o Brasil.