Redação sobre democratização do acesso ao cinema no Brasil. 10 linhas
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O cinema é mais uma das formas de cultura mais acessíveis existentes. Em seu início apenas ricos tinham acesso, como em boa parte dos âmbitos culturais, contudo através do passar dos anos as salas de cinema foram ampliadas e hoje existem 3.356 em todo o Brasil.
Apesar da crescente ampliação das salas de cinema, estas se concentram em grandes capitais do Brasil, o que acomete apenas uma parcela da população. A falta de inserção do cinema em áreas rurais e de baixa renda, que se afastam das capitais, demonstram o afastamento natural dessa parcela da população à um dos meios culturais mais acessíveis.
É necessário, portanto, que haja investimento em mais salas de cinema, de forma que estas salas atinjam um novo público e esta forma de cultura se insira no cotidiano da parcela dessa população.
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Resposta:
O poema "No meio do caminho", do escritor modernista Carlos Drummond de Andrade, revela, de forma metafórica, a existência de obstáculos no percurso da vida humana. De maneira análoga, a democratização do acesso ao cinema no Brasil tornou-se uma pedra no meio do caminho da sociedade moderna, haja vista que esse desafio impede a efetivação do pleno bem-estar social. Nesse sentido, convém analisar como a ausência de investimentos e a localização geográfica contribuem para esse problema na agremiação brasileira.
Primeiramente, é indubitável que a ausência de investimentos esteja entre as causas do transtorno, tendo em vista que o território brasileiro não tem a quantidade necessária de salas para atender o contingente populacional. Dessa forma, inúmeras pessoas são excluídas dessa interação cultural e torna-se muito comum encontrar alguém que nunca tenha ido até uma sala de cinema. Lamentavelmente, a falta de investimentos gera uma grande barreira na vida cultural dos indivíduos. Nesse panorama, segundo o site "Meio e Mensagem", somente 17% da população total do país tem acesso ao cinema.
Em segundo plano, destaca-se a localização geográfica como impulsionadora da questão da democratização do acesso ao cinema no Brasil. Isso porque, mesmo com o processo de urbanização , muitas pessoas ainda residem em locais afastados das consideradas "cidade grande", ou, até mesmo, moram em cidades do interior que não possuem shoppings centers. Desse modo, tudo isso desencadeia o impedimento no lazer dos moradores das regiões precárias. Prova cabal disso são os dados do site "Ancine" que mostram que o Brasil ocupa a posição de 60º quando é relacionado o número de habitantes por sala e essa colocação não compõe locais, como periferias e o Nordeste do país.
É notório que a ausência de investimentos e a localização geográfica acarretaram na necessidade da democratização do acesso ao cinema no Brasil. Portanto, é imprescindível que o Governo, em parceria com empresas privadas, crie um programa de investimento e inclusão aos residentes de locais desprivilegiados, com a participação de mestres e doutores da área, por meio da distribuição de verbas para construir salas de cinema suficiente não só nas cidades, mas também nas áreas precárias, a fim de incluir todos os indivíduos na interação cultural e, assim, atenuar essa questão e erradicar as pedras no meio do caminho da sociedade como no poema "No meio do caminho" de Drummond.
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