Biologia, perguntado por thalesfreaza, 11 meses atrás

Redação sobre biologia e racismo uma relação delicada 25 linhas alguém ajuda

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Respondido por Jujuprincesa09
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Embora concorde com a maior parte dos comentários de Pena, há um equívoco na interpretação desses baixos valores de diferença entre populações humanas com base em marcadores moleculares e na sua ligação com os conceitos de raça e racismo. Pela entrevista, os leitores poderiam pensar que, se esses valores fossem mais elevados (digamos 15% ou 20%), as raças humanas "existiriam" e isso poderia "justificar" biologicamente a discriminação racial. Sem dúvida, a existência de grandes diferenças entre populações pode abrir espaço para isso, mas há um grande salto epistemológico entre reconhecer diferenças biológicas e atribuir um valor a elas.

A origem do equívoco está no conceito de raça geográfica, ou subespécie. Até meados do século 20, os biólogos costumavam avaliar as diferenças entre populações de animais e plantas de uma espécie (que raramente ultrapassam 15% a 20% da variabilidade genética total de uma espécie) com processos classificatórios, criando subespécies ou raças. Assim, "existiriam" raças em humanos e em qualquer espécie que apresentasse diferenças marcantes em regiões geográficas distantes. Entretanto, os biólogos reconheceram que essa é uma péssima maneira de compreender os processos evolutivos que dão origem às diferenças entre populações. Um dos pontos centrais da discussão foi que morfologia, comportamento ou diferentes marcadores de DNA podem ter padrões diferentes de variação geográfica. Cada um deles reflete uma parte da complexa história evolutiva da espécie e, em alguns casos, suas adaptações aos diferentes ambientes que ela ocupa hoje ou ocupou num passado remoto.

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