Grosso modo, as populações indígenas foram aquelas dominadas escravizadas durante o período colonial e neocolonial, mas que, a despeito disso, preservaram, em muitos casos, sua continuidade histórica e social até os dias atuais.
A palavra “índio” foi uma criação europeia para designar aqueles que viviam no Extremo Oriente, portanto, a “identidade indígena” somente surgiu em oposição à europeia após o advento do colonialismo.
Muitos costumes indígenas assombraram os colonizadores, tal qual o canibalismo, a feitiçaria, o incesto e o infanticídio neonatal.
De modo geral, as sociedades indígenas são sociedades sem propriedade privada, de habitação coletiva, igualitárias, descentralizadas politicamente e com status social distinto segundo a divisão do trabalho.
Normalmente, os homens se encarregam da construção da aldeia, da guerra, caça e pesca, da liderança tribal e dos rituais xamânicos, enquanto as mulheres lidam do plantio e da colheita, preparam os alimentos e produzem tecidos, adornos e utensílios.Do ponto de vista religioso, as culturas indígenas são marcadas pela presença do xamã (pajé no Brasil), os quais são responsáveis pela mediação entre o plano espiritual e material, bem como pela preservação e difusão do conhecimento da tribo.
Em seus rituais, normalmente panteístas (animismo), reverenciam os ancestrais, os elementos, as plantas, animais e os seres mitológicos.
Outro fato curioso é o uso de alucinógenos e outras substâncias rituais, como tabaco e bebidas alcoólicas, utilizados para fazer a ligação com o mundo espiritual.
Mais um aspecto interessante é a percepção indígena do Tempo e do Universo, para os quais não há uma linearidade bem definida.