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Resposta:
Os desafios da inclusão de pessoas com autismo no Brasil
Desde o movimento intelectual que surgiu na Europa durante o século XVIII, o Iluminismo, que pregava a disseminação dos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, entende-se que uma sociedade só progride quando um se comove com o problema do outro. Entretanto, ao observar os desafios da inclusão de pessoas com autismo no Brasil, percebe-se que o ideal de igualdade é contestado. Nesse contexto, deve-se analisar como a negligência governamental e a omissão das escolas colaboram para esse quadro. [1] [2]
Mormente, a inobservância do Governo é o principal fator responsável para a permanência da problemática. Tal fato ocorre porque as autoridades não se preocupam em conscientizar a população sobre as características dos indivíduos que possuem autismo e como se comportar na presença desses cidadãos. Sob esse viés, de acordo com o sociólogo Zygmunt Bauman, em sua obra ”Modernidade Líquida”, algumas instituições -dente elas o Estado- perderam o seu papel social e configuram-se como ”Instituições Zumbis” ao manter apenas a sua forma e encarregar a população a resolução de seus problemas. Nessa perspectiva, com a falta de investimento em campanhas de conscientização e adaptação dos ambientes públicos para receber pessoas com a síndrome, os autistas sofrem por não poderem sair de casa sem serem vítimas de algum desconforto, uma vez que, muitos possuem hipersensibilidade auditiva. [3]
Outrossim, a ausência escolar é outro fator primordial [5] para a temática [6]. Essa situação se deve porque muitos docentes não possuem capacidade didática para educar crianças que possuem autismo. Além disso, os estudantes não entendem o comportamento dos autistas, o que ocasiona a exclusão desses indivíduos portadores da síndrome. Segundo a filósofa judia Hannah Arendt, em sua teoria ”Banalidade do Mal”, o comportamento preconceituoso passa a ser realizado inconscientemente quando os indivíduos os normalizam. Logo, por consequência da falta do preparo escolar com a presença de profissionais qualificados para receber essas crianças, muitas sofrem preconceito dentro das escolas. [4]
Dessa maneira, medidas são necessárias para resolver o impasse. Portanto, o Governo Federal, como instância máxima da administração executiva, em parceria com a mídia, deve, por meio de um projeto social, elaborar uma propaganda educacional para os grandes canais de televisão, a fim de ensinar sobre o autismo para os cidadãos. Além disso, o Governo deve criar, dentro dos estabelecimentos públicos, locais adaptados para os autistas. Ademais o Ministério da Educação, em parceria com as escolas, deve contratar profissionais que saibam ensinar as crianças autistas, além de ensinar os colegas de classe a se comportarem com os indivíduos com a doença. [7] [8]
Explicação:
espero ter ajudado!!